Ei! Tudo joia?
Muita gente tem dificuldade em encontrar materiais adequados para arte finalizar desenhos e quadrinhos. Até algum tempo atrás, quando meu mundo era limitado aos materiais vendidos na papelaria do bairro, também tinha essa dificuldade e ficava super chateada ao ver trabalhos amarelados dentro da pasta depois de alguns meses (ou até mesmo anos).
Frente e verso de desenho feito em 2005.
Frente e verso de desenho feito em 2005 também, com outro tipo de caneta...
(Naruto tava na moda em 2005, huh? xD)
Frente e verso de desenho feito em 2007.
Então, nessa época eu não sabia a diferença entre as canetas com tinta preta, não entendia muito sobre composição da tinta (hoje eu também não sou grande coisa não), e comprava pelo preço visando função imediata. Isto é, eu tinha um desenho à lápis e queria contornar de preto, aí ia na papelaria e escolhia qualquer caneta (marcador permanente de CD, caneta tinteiro, etc) e levava pra casa.
O resultado você já viu. Fatores como má conservação, umidade, escolha do papel, acabaram comprometendo o desenho ao longo do tempo. Mostrei exemplos de 2005 e 2007 porque uso nanquim pra finalização desde 2008, e por isso não tenho problemas recentes para mostrar.
Defendo que o material não faz o artista, mas é preciso entender também que a tecnologia - na medida do ace$$ível - está aí pra facilitar nossa vida. Existem materiais específicos pra cada tipo de coisa e não é pecado algum usá-los corretamente em função da necessidade.
Mudando mais ou menos de assunto:
Sempre que descubro material novo, tento fazer o possível para compartilhar a experiência por aqui. Na semana passada minha mala de ferramentas de trabalho ganhou mais um componente:
Flair, da Paper Mate.
A Paper Mate Flair é uma caneta com ponta firme de feltro, tinta à base de água, usada por alguns artistas e designers, e pode ser encontrada em outras cores também além de preto. O formato dela é muito confortável e dá bastante segurança no traço.
Para variar a espessura da linha, basta inclinar a caneta no papel.
Quando ganhei a caneta, ela estava devidamente lacrada em sua embalagem. Uma dica muito importante que eu gostaria de dar é: leia a embalagem dos produtos com muita atenção! Lá estão (ou deviriam estar) todas as informações importantes, incluindo composição da tinta, fabricante, data de validade... Não precisei riscar nada para saber que a ponta era de feltro e que a tinta era a base de água, tava tudo escrito direitinho na embalagem.
Clique na imagem para aumentar.
Fiquei muito encucada com as afirmações: "Resistente a manchas, borrões e falhas" e "Tinta à base de água que não atravessa o papel". Adivinha o que eu fiz... Peguei o sketchbook com papel de gramatura mais baixa que tenho (75g/m²) e fui testar, obvio!
Frente e verso do desenho feito com Flair.
Tiozinho sentado na cadeira.
Fiz o estudo acima utilizando marcadores permanentes à base de álcool (Magic Color - Intermediárias I) e caneta gel branca sobre a caneta Flair e nada aconteceu. Não usei Tombow porque Tombow também é à base de água, então claaaaaaaro que ia manchar e estragar tudo. Acredito que o "resistente a manchas" seja referente ao "pegamento" da tinta no papel, porque ela realmente não escorre e seca muito rápido. Em relação ao "não atravessa o papel", preciso dizer algo?
Mesmo sendo o meu primeiro contato com a caneta, deixo a dica de mais uma opção legal de material para usar na arte final do seu desenho ou história em quadrinhos... mas sem técnicas aguadas, heim! ;)
Até a próxima! o/