sábado, 14 de dezembro de 2013

Ih... deu branco!

Minhas "armas brancas". rs

Ontem, logo depois de explicar as possibilidade dos materiais artísticos brancos em Nem toda tinta branca é corretivo!, fiquei pensando em como utilizá-los em um mesmo desenho. A ideia era fazer a experiência e adicionar esse desenho à postagem em questão, mas como sua confecção rendeu um registro bacana do processo, achei mais adequado dar um cappuccino só pra ele.

Uma experiência muito parecida com a que vou apresentar aqui, já foi feita há algum tempo pela Débora (vizinha de blog) em O gênio da lâmpada - Disney. Achei o gênio "genial" e desde então esperava a oportunidade de fazer algo do tipo.

Então, aproveitando a deixa sobre os materiais brancos e a inspiração "genial" da Débora, comecei a rascunhar no sketchbook alguma coisa que me permitisse trabalhar com a maior quantidade diferente de coisas de pigmento branco sobre papel preto. A solução encontrada foi desenhar uma moça se preparando pra virada de ano, usando a metáfora de salão de beleza: fazendo o cabelo com caneta gel, pintando as unhas com nanquim... me diverti pensando nisso.

À esquerda: cópia ampliada em A5 // À direita: rafe original.

Meu sketchbook é bem pequenino, aí os rascunhos que eu considero legais sofrem ampliação para serem trabalhados melhor em outro suporte. Neste caso, escaneei o desenho e imprimi com o dobro do tamanho. Como não dá pra usar mesa de luz para transferir o desenho pro suporte preto, usei aquele método de cópia que a gente aprende na escola: risca o verso do desenho todinho e depois passa por cima.

Risca o verso, põe sobre o papel, passa por cima... não tem mistério!

Quando o papel for mais claro, dá pra usar a mesa de luz ou até folha de carbono (foi o que a Débora usou no gênio dela), mas quando o suporte é muito escuro, uma solução boa é usar o grafite mesmo, pois ele brilha sobre a superfície escura e as linhas do desenho podem ser melhor identificadas desta forma.

Também trabalhei detalhes com caneta gel dourada.

Sombrear um desenho é fácil, agora vai se aventurar em realçar as áreas iluminadas pra você ver! Super exercício que preciso fazer com mais frequência... meu cérebro deu uns bugs sinistros. Parte dele dizia "pinta as sombras de branco!" e a outra parte "seu estúpido! a sombra já existe, você precisa é iluminar!".

Linhas feitas em nanquim preto.

Uma coisa que falei no post anterior foi para usar material branco para corrigir linhas ou manchas no desenho, né? Aqui, como o suporte é preto, usei nanquim preto para fazer acabamento.

Resultado:

Uiii... Que diva! xD

Acho que agora dá pra ter uma ideia melhor dos diferentes comportamentos dos materiais em relação ao poder de cobertura de cada um. As áreas brancas "chapadas" foram feitas com nanquim branco, e é evidente a diferença entre a cobertura do nanquim branco e do corretivo escolar - usado na cadeira e no tapete.

Esse assunto rendeu, heim... 
Até a próxima! o/

16 comentários:

  1. Muito legal a execução desse desenho. Legal como na foto final você procurou apontar que coisa foi usada em cada área, assim dá pra ter uma noção mais aproximada do comportamento de cada material no papel escuro. O corretivo teve um efeito inesperado, curioso e interessante. Acho que por secar muito rápido, acabou causando uma textura bem diferenciada!

    Belo trabalho de exemplificação, Nanika! :D

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    1. Valeu, Sukito!

      A intenção era realmente a de apontar as diferenças das coisas no papel escuro. A tinta do corretivo escolar é á base de água, por isso é um pouco translucido. Mesmo sobre papel branco, é preciso passar mais de uma camada dele para obter boa cobertura quando aplicado com pincel. Aqueles corretivos de caneta já tem a tinta mais concentrada e não deixa esse efeito tão evidente.

      ;D

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  2. Sensacional!! e fui citada *__* kkkk
    Adorei saber um pouco sobre os materiais brancos, tenho vontade de ter o lápis pastel para dar luz esfumada nos meus desenhos... ficou muito massa e super explicadinho ...adorei mesmo! =D

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    1. Obrigada, Débora!!
      O seu post sobre desenhar em papel colorido foi de grande inspiração para que este aqui saísse também. Já tive oportunidade de fazer desenhos em papel colorido em disciplinas do curso de design, mas fazer algo só por diversão é outra história né.

      Eu também quero um lápis pastel... na verdade, quero tantas coisas! T-T

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  3. Nane
    Amei essa explicação. Super complementa a anterior. As poucas vezes que tentei desenhar em papel preto meu cérebro deu uns bugs também. Menina, coisa difícil isso viu?!

    Gostei bastante dos esclarecimentos e o mais bacana é que tem um tempinho que matuto desenhar alguma coisa no papel preto com lápis branco, mas faltava coragem.
    Tenho um MONTE, mas um MONTE mesmo de papel colorido em casa. Acho que preciso me aventurar mais. Esses últimos dias não tenho desenhado nada por conta do cansaço, mas a partir do dia 20 estarei de férias \o/ e espero conseguir desenhar horrores e claro, tentar desenhar com a cor branca no papel preto.

    Parabéns Nane.

    Abs

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    1. Silvia,
      Obrigada! Desenhar no papel escuro é super difícil, né? A cabeça da gente dá um nó mesmo... hahaha

      Aqui em casa tem uma gavetinha cheia de papel colorido, só não sei se tenho tantos quanto você. O bom é que além de desenhar dá pra fazer alguns trabalhos com colagem também. Dia 20 está chegando, eu também vou fazer uma pausa saudável de fim de ano e tentar ser feliz botando no papel as ideias que tive enquanto estava ocupada trabalhando. rs

      Quero só ver o resultado das suas aventuras.
      Tô de butuca no seu blog!
      Abraço e obrigada por comentar. =)

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    2. Nane
      É, fui exagerada com papéis e materiais de artes no geral. Mesmo sem conhecer o papel (ou material) e para qual técnica servia eu saía comprando tudo que via. Mulheres e seus exageros..rs Tempos atrás arrumei o ateliê e descobri que daria para abrir uma papelaria...rs Foi ai que decidi me policiar e tentar aprender a usar primeiro o que tenho. Para ter ideia eu consegui comprar o pastel seco da koh-i-noor, e adivinha? NUNCA usei :( . E isso é uma constante na minha vida.rs.

      Fiz umas pesquisas recente no Santo Google sobre Papercut. Já ouviu falar? Amei algumas coisas que vi e justamente por causa do excesso de papéis pensei em me jogar nessa aventura. Só que não. Porque o tempo não permite e ai vou deixando para depois, depois, depois e infinitamente depois..... #chateada.

      Bjs

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    3. Entendo perfeitamente o seu lado, Silvia. Também tinha mil coisas que comprava e não usava para "economizar", se é que me entende. O chato é que essas coisas iam perdendo a validade e eu ia perdendo a chance de usá-las.

      Conheço papercut sim, mas levo jeito pra isso não. Aproveita que o Natal tá chegando e use os papeis coloridos pra fazer os cartões todos personalizados pra família, amigos, namorido... xD Acho que vou acabar fazendo isso também.

      Bjs

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  4. Sou seu fã. Só fico triste porque você não vai mais na minha aula...

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    1. Ei Radael, que surpresa!
      Eu que sou fã do seu trabalho. Infelizmente não pude continuar frequentando as aulas, e saí perdendo muita coisa nessa história... =T

      Obrigada pelo seu comentário.

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  5. Bugs sinistros! Kkk mto bom o desenho!

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  6. Adorei esses dois posts sobre matérias brancos! Quase não se encontram nada sobre os coitados =//
    E essa moça no salão foi genial xD

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    1. É, tadinhos... quase ninguém fala deles. T^T
      Você já precisou trabalhar com eles em alguma aula?
      Obrigada pelo comentário. ;*

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