quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Estudos de fim de ano. Tchau, 2017!

Pra variar, mais um ano que mal começou já está acabando. 2017 foi um ano bem tenso, cheio de reviravoltas e perrengues, mas torço para que todos os problemas iniciados neste ano possam se resolver em 2018.

Sobre os estudos de fim de ano, que por acaso intitulam este post, além de brincar com carimbos de isopor, voltei a mexer nas aquarelas. A ideia surgiu na época em que estava empolgada com os estudos de lettering, e comecei a pensar em fazer uma série de cartõezinhos de boas festas para o fim de ano.

Sentada no sofá, assistindo TV, rabiscando despretenciosamente no sketchbook... até que 4 modelos de cartões brotaram no papel. Dois para Natal e dois para Ano Novo.

Início da colorização.

Passei os desenhos para um papel de gramatura alta, a fim de finalizar com aquarela. Fiz a linha com grafite bem clarinho e comecei preenchendo as cores mais claras. Depois passei para as cores mais escuras. A paleta principal foi composta pelas cores: ocre, vermelho e verde.

No lugar do ocre, eu gostaria de ter usado dourado, mas como seria digitalizado depois, não daria certo usar tinta especial no original. Sendo assim, tentei fazer os efeitos com o ocre mesmo, trabalhando passagem de nuances e aguadas.

Preenchimentos das demais cores.

Dos quatro cartões, dois deles tiveram temática japonesa. Um dos cartões de ano novo trazia um cachorrinho, pois o ano de 2018 é o ano do cachorro no horóscopo chinês (também seguido no japão); e um dos cartões de Natal trazia um daruma como a figura de Papai Noel.

Finalização dos cartões.

Depois que a tinta aquarela secou, trabalhei com nanquim preto e tinta acrílica branca para fazer detalhes de contorno e escrita nas faixas.

A ideia era imprimir cópias e distribuir para os amigos e familiares, mas o máximo que consegui foi postar a imagem de um deles no Instagram. Mas há males que vem para o bem. Cometi alguns erros de execução - por exemplo, o ideograma de cachorro, que em vez de 狗 deveria ser 戌. Mas eu corrijo em breve, e em relação aos de Natal, posso guardar para o próximo ano.

Protótipo digital dos cartões de fim de ano.

Posso até não ter conseguido distribuir os cartões do jeito que queria, mas pelo menos fico feliz de poder compartilhar com você aqui pelo blog. Saiba que desejo um ótimo fim de ano a todos, e que 2018 seja infinitamente melhor. Que essa crise passe, que as pessoas se respeitem mais, que as distâncias diminuam e que sonhos se realizem!

Obrigada por acompanhar o Cappuccino!
Ano que vem tem mais. ;)
Até a próxima!

terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Matriz de isopor

Olá, meu bem!
Minhas vizinhas de blog e eu costumamos nos reunir praticamente todo dia para falar de arte, desenho, técnicas, vida... E numa dessas, conversando sobre cartões de Natal e a dificuldade de se conseguir uma matriz boa para imprimir em casa, a Débora (@imagineiilustrei) me sugeriu fazer umas gravuras em isopor de bandeja de frios.

Pra minha sorte, ela também fez e enviou imagens do resultado e dos materiais que havia usado. Daí, inspirada e empolgada, hoje arrumei uma bandeja de isopor e me aventurei. Vou mostrar o passo a passo aqui pra você tentar fazer em casa também.

Passo a passo:

Materiais utilizados

Utilizei bandeja de isopor, dessas de embalagens de comida e de qualquer cor; tesoura (para maior segurança, use tesoura sem ponta); estilete (crianças devem ser supervisionadas por adultos, ok?); caneta esferográfica; lapiseira; tintas ou canetinhas hidrocor.

A primeira coisa que fiz foi recortar as laterais da bandeja, para aproveitar somente a área plana do fundo. Algumas bandejas não possuem essas bordas, mas se tiver, é bom remover pra facilitar o manuseio e, além disso, o carimbo deve ser trabalhado em uma área totalmente plana.

Primeiros passos

Depois de cortar as bordas, eu comecei a desenhar os carimbos. Ao fazer isso, precisamos riscar bem de leve para não sulcar o isopor. Usei como primeiro molde a folha de uma planta que tenho em casa. Acho o desenho dela muito bonito! Em seguida é só recortar o desenho com tesoura ou estilete.

Dependendo do tamanho da bandeja, dá pra fazer mais de um desenho. Ou então pode usar a placa como se fosse uma matriz inteiriça e fazer um único desenho ocupando ela toda. No meu caso, optei por fazer vários desenhos de tamanhos e formatos diferentes para testar.

Minhas matrizes

Os detalhes de ranhuras das folhas foram feitos usando estilete e a ponta da lapiseira. Qualquer marcação que fizer no isopor vai resultar em uma cavidade, que ao entintar, não será visível na impressão. Isto é, a tinta só ficará na superfície plana.

Na figura abaixo se pode observar essa característica no resultado das impressões de testes. Entre os materiais usados para entintar, estão canetinhas hidrográficas, aquarela e marcadores Tombow.

Folha de testes

Ao ver os carimbos prontos, comecei a pensar nas composições que daria pra fazer usando eles. Como são móveis e podem ser entintados várias vezes, a variedade de resultados é infinita. Fora que o processo como um todo é muito divertido, e pode servir como ferramenta para atividades pedagógicas.

Resultados:

Exemplos de composições

Em relação aos materiais que usei pra colorir, o que mais deixou resíduo no papel foram as canetinhas hidrográficas. Para conseguir um bom resultado com aquarela, a tinta deve ser pastosa e com pouquíssima água. Não usei acrílica nem nanquim nos testes, mas pela experiência que tenho com essas tintas, recomendo que as matrizes sejam imediatamente lavadas após o uso, pois ao secar, podem impossibilitar o reuso dos carimbos.

A cabeça está a mil pensando em outras maneiras de usar os carimbos que fiz, novas cores, novos formatos... Vou inclusive escanear e transformar em brushes personalizados para usar no Photoshop, pois essa textura do isopor no papel ficou bem interessante.

Fico por aqui! Qualquer dúvida ou sugestão, sabe onde me encontrar.
Até a próxima! o/