sábado, 5 de novembro de 2016

Nanquim e uma pitada de sal

Você é supersticioso? Eu acho que sou um pouco... Quer dizer, eu passo debaixo de escadas e adoro gatos pretos, só acredito em mau agouro e mau olhado etc. Enfim, toquei nesse assunto para dizer que depois de ter me mudado, senti necessidade tremenda de ter Espada de São Jorge em casa. Não tenho muito espaço para plantas, então dei um jeitinho: em vez de plantar, pintei.

Início do processo.

Usei papel para aquarela no formato A3 como base para trabalhar aguadas com nanquim verde e Ecoline amarelo areia. Existem várias espécies dessa planta, mas a que eu gosto mais é uma com folhas manchadas de verde e bordas amarelas. Diiiiizem que para proteção da casa são as melhores.

Voltando ao processo... Para fazer as manchas no nanquim, usei aquela técnica com sal grosso que usei  no Sepiatember de 2014. Quando colocamos sal grosso em cima de uma área entintada, o sal puxa a umidade, e deixa no papel manchado. Essa técnica é muito usada para tingir tecidos, e foi dessa forma que a aprendi.

Com sal e sem sal.

Depois que a tinta secou, removi todo o sal do papel. Tem que ser muito cuidadoso para não sujar a casa toda, pois o sal fica todo colorido e pode manchar outras partes do desenho. Outra observação importante é não deixar nada de metal perto do sal, para não oxidar/enferrujar/estragar. Se usar pincel, lave bem as cerdas depois, principalmente se forem de pelo natural, porque o sal resseca.

Finalizado e devidamente pendurado na parede.

Pendurei na parede, à esquerda da porta de entrada, como manda o figurino. Na verdade, eu preferia ter a planta mesmo, pois não sou de pendurar desenhos meus na parede. Mas como a falta de espaço era um problema, essa foi a solução que encontrei. E outra, coloquei tanto sal grosso nesse negócio, que está sobrecarregado de boas energias! rs

Meu objetivo nesse post nem era falar de superstição, nem de decoração, eu queria mostrar novamente o uso do sal grosso como técnica de pintura, mas me perdi. Hahahah! Acabou virando uma proposta pra quem gostaria de ter umas plantinhas em casa mas não tem espaço ou é desligado demais e esquece de regar... =P

Até a próxima! o/

domingo, 17 de julho de 2016

Gravura em borracha

Uma das minhas práticas favoritas é buscar referência de ilustração na web, principalmente de coisas que não sei fazer. Numa dessas "caças", eu, com vontade de usar minhas goivas pra alguma coisa, achei no Behance o portfólio do Atelier Sentô cheio de exemplos lindos de gravura em placa de vinil. Fiquei completamente inspirada e providenciei alguns desenhos e material necessário para desenvolver um estudo pessoal.

Goivas e desenhos simples

Redesenhei a imagem escolhida em um pedaço maior de papel e, com ajuda da mesa de luz, obtive o negativo do desenho. Em outras palavras, desenhei espelhado. rs Depois, transferi para uma placa de emborrachado EVA "riscando" o verso do papel com as parte abaulada de uma caneta. Segue abaixo a sequência das etapas.

Processo de transferência do papel para a borracha

O tipo de borracha utilizada no Atelier Sentô é placa de vinil, o mesmo material que se usa para confeccionar as borrachas macias que usamos pra desenho. No meu caso, o suporte foi EVA, que apesar de ser borracha também, tem características muito diferentes. o EVA é macio e poroso, o que dificulta a escavação com as goivas.

Um objeto quente de metal - como equipamentos de solda - é capaz de sulcar melhor o EVA com derretimento; ou então, vivendo menos perigosamente, podemos utilizar pontas duras de lápis ou canetas esferográficas por exemplo para pontilhar a área que queremos em baixo relevo. Eu não tenho material de solda, nem paciência para fazer pontinhos, então fui cabeça dura e insisti nas goivas.

Começo e fim da "escavação"

No dia que estava trabalhando nisso, também não tinha a tinta ideal para gravura (geralmente se usa uma tinta mais oleosa ou acrílica), então fui com guache mesmo e adivinha! Ficou muito aquém do que esperava. Huahau. Valeu a experiência, mas ficou feio... muito feio.

Resultado

A grande sacada dessa forma de impressão é entender como funciona e como planejar a imagem que será reproduzida. Toda a área que não for receber tinta deve ser sulcada. A matriz de reprodução é, na verdade, o negativo da imagem esperada. É um exercício muito bom para a cabeça e para desenvolvimento da criatividade, porque enquanto tendemos complicar as coisas querendo fazer desenhos cada vez mais complexos, para gravuras precisamos é de simplicidade.

Embora não obtendo o resultado querido, o processo me fez muito bem. =)
Até a próxima!

domingo, 29 de maio de 2016

Chapolin Colorado

Oh! E agora quem poderá me defender?

- Eeeeeuuuuu!!!

Acredito que Chapolin dispensa explicações. Se por acaso não conhece, bom.... Eu digo que é uma das séries mais divertidas que já vi! Das criações do Bolaños, Chapolin é de longe a minha preferida. Reassisti recentemente alguns episódios da série e, agora com conhecimento para avaliar a complexidade da criação do personagem, me senti muito inspirada para desenhar.

Pensei: "poxa, o Chapolin bem que poderia ter um desenho animado igual fizeram para o Chaves...." E quando me dei conta, estava na varanda de casa, com um monte de materiais de desenhos espalhados no chão, estudando poses e expressões em função das falas mais marcantes.

Quando criança, não entendia a palavra "astúcia" e pensava que ele falava "túcias".

O primeiro estudo foi feito no sketchbook usando brush pen nanquim, marcadores Promarker, marcadores Bic, lápis de cor vermelho, e caneta gel branca. Achei que fosse parar por aí mesmo. Tirei uma foto, postei no Instagram e, quando fui colocar o sketchbook de volta na mesa, vi o bloco papeis coloridos que tinha comprado há 2 semanas.

Na segunda sequência de desenhos, usei papel vermelho 120g/m², brush pen nanquim, marcador Promarker cinza, lápis de cor branco, e caneta gel branca.

Estudos no papel vermelho

Gostei do resultado do estudo das expressões corporais, mas não fiquei satisfeita com a falta de contraste no fundo vermelho. Fiz um teste com os marcadores da Tombow pra ver se a cor da tinta sobressaia no papel amarelo, e tendo resultado positivo, concluí a bateria de estudos lá.

Resultado no papel amarelo

Usei brush pen nanquim, marcadores Tombow, lápis de cor vermelho, caneta gel branca e tinta guache branca.

Apesar de ter pensado inicialmente em uma proposta de personagem para desenho animado, depois de pronto, achei que combinou mais história em quadrinhos. Não só por ter usado elementos de linguagem específicos de HQ, mas pelas expressões que usei, arte final e colorização.

Desenhar personagens de séries, de jogos, ou de livros é uma prática que gosto muito. Exercita o cérebro que é uma beleza! Indico a experiência. =)

Até a próxima! o/
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Para quem se interessa em construção de um personagem, seja para criação ou análise, vou deixar uns links com artigos relacionados:

domingo, 22 de maio de 2016

Lettering: um estudo saboroso


No cappuccino de hoje vou mostrar o resultados de estudos que fiz junto com o Sr. Momotaro dia desses. Eu o tinha convidado para desenhar comigo, testar uns materiais, só que não tínhamos em mente o que exatamente poderíamos fazer. Ele então sugeriu estudo e produção de lettering.

Achei a ideia excelente! Mas ficou um olhando pra cara do outro esperando um tema para desenvolver o estudo. Mais que um tema, precisávamos de palavras ou frases que tivessem sentido. Nomes de filme, de livros, trechos de músicas... Fomos falando categorias de adedonha até chegarmos na brilhante ideia de usar nomes de comida.

Foi exatamente assim que aconteceu

Preparativos
Primeiro, escrevemos vários nomes de comidas que achamos engraçados numa espécie de lista. Depois recortei os nomes e dobrei para que pudéssemos fazer um sorteio.

Eu peguei "coxinha com catupiry" e ele ficou com "bolo de cenoura".

Olhamos referências em sites como Pinterest e Behance, tanto para ver trabalhos já existentes nessa linha, quanto para termos uma base de como iniciar a atividade. A fim de conseguir uma estrutura mais equilibrada no desenho das letras, imprimimos uma grade quadriculada (parecida com aquelas folhas de caderno de matemática do 1º ano, lembra?) para usar sob o papel.

Quem não tem impressora em casa, pode fazer manualmente com uma régua, marcando toda a folha de papel em intervalos de 5mm, vertical e horizontalmente. Depois passa caneta preta para deixar as linhas bem evidentes. Pode fazer também em formatos reduzidos e carregar sempre com você dentro do sketchbook!



Nossa grade auxiliar.

Processo criativo
No primeiro sorteio, trabalhamos visualmente as letras para que as palavras se parecessem com as comidas que representavam. Acompanhe o processo nas imagens a seguir.


Rafes

Fizemos arte-final em outro papel, usando mesa de luz para fazer essa transferência. Sr. Momotaro usou caneta nanquim para as linhas de contorno das palavras, optando por colorir depois; eu fiz as linhas de contorno das palavras usando lápis de cor já nas cores que imaginava para preenchimento.




Cada um de uma vez na mesa de luz. rs

Depois do revesamento, cada um voltou para sua estação para trabalhar mais livremente a finalização colorida. O uso de material foi livre, não restringimos nada, não combinamos nada... poderia usar qualquer coisa que estivesse ao alcance. Os itens mais usados foram nanquim, lápis de cor, marcadores, caneta gel branca e tinta guache branca para acabamentos.

Colorização

No primeiro estudo a gente trabalhou bastante as cores e os materiais pensando em representar as texturas das comidas, as cores reais... No "bolo de cenoura", a palavra "bolo" foi desenhada com profundidade (em perspectiva) para lembrar pedaços de bolo, bem fofinho, com cobertura de chocolate; e a palavra "cenoura" ficou mais orgânica, delicada, e foi colorida em laranja. Na "coxinha com catupiry" tentei deixar a primeira palavra bem gordurosa! XD Quis reproduzir a textura da massa frita da coxinha, enquanto dava contraste na palavra "catupiry", explorando todo o derretimento que o queijo pode proporcionar.

Resultados do primeiro estudo

Depois disso, repetimos o sorteio e, coincidentemente, nós dois tiramos comida oriental! Confira na imagem abaixo como ficaram "rolinho primavera" e "yakisoba misto".

Já finalizados.

No segundo estudo, Sr. Momotaro trabalhou mais com o significado das palavras do que com a referência ao prato. Ou seja, em vez de algo que lembrasse um pastel cilíndrico, ele usou ornamentos cacheados e flores. Eu mantive a brincadeira com as palavras lembrando a comida, usando um desenho que lembrasse macarrão para escrever "yakisoba".

Conclusão
Foi um estudo gostoso! Trocadilhos à parte, gostei muito da experiência e achei divertido desenhar letras dessa forma. Não é algo que estou acostumada a fazer, então curti bastante pesquisar e praticar um pouco.

Conta aí, você já fez algo parecido? (^-^)

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Dica da Nane
Sabe, quando não se está com muita criatividade para escolher um tema para desenho, podemos sorteá-los, por que não?! Faça uma lista de várias coisas que você gosta ou que fazem parte do seu cotidiano. Aí, recorta tudo, dobra e guarda numa caixinha. Sempre que estiver se coçando pra desenhar e não souber o que fazer, recorra a esta caixinha e sorteie alguma coisa.
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Post relacionado:
Suco e Lettering

sábado, 14 de maio de 2016

Lápis metálicos

Nós, viciados em práticas artísticas, principalmente as visuais gráficas, temos uma espécie de prazer em comprar artigos de papelaria. Passamos em frente de uma e pensamos "Ah, vou dar uma olhadinha só pra ver se tem alguma novidade." Se identificou? Pois é... semana passada comprei mais um bloco de papel colorido.

Agora tenho 3 marcas diferentes do mesmo produto na gaveta. xD

As três marcas que tenho são diferentes em qualidade e gramatura do papel, uma ruim e fina; outra regular e mais pesada; e a terceira, muito boa com 120g/m². Para o post de hoje eu queria ter feito uma comparação entre as marcas, mas fiquei tão empolgada com meus lápis metálicos, que o foco mudou.

Queria testar as cores em papel preto, e parecido com o que fiz no Ih...deu branco!, fiz um desenho usando esse material. O tema que escolhi para o desenho foi Hercule Poirot, detetive personagem dos romances policiais da Agatha Christie. É o gênero que mais gosto, e no intervalo entre um livro teórico e outro, procuro alguma novelinha dessas para relaxar.

Antes do desenho, peguei um pedaço de papel preto e fiz uma paleta com as 12 cores disponíveis. Além dos lápis metálicos (os meus são da Faber Castell), usei lápis de cor branco (Eco Multicolor) e caneta gel branca (uni-ball da Mitsubishi).

Material assim não fica bom digitalizado =P

Como podemos observar no comportamento gestual acima, quanto mais apertamos o lápis no papel, mais "claro" ele fica; e, quanto menos força (ou camadas sobrepostas) aplicamos, mais o papel sobressai, deixando a área mais "escura". Estamos acostumados com o contrário, pois na maioria das vezes trabalhamos com papeis mais claros. Nas superfícies mais claras, as áreas iluminadas correspondem aos locais em que não há muito pigmento dos lápis.

A teoria é linda, mas me atrapalhei completamente colorindo o desenho que fiz. 
Preciso praticar mais...

Estudo finalizado.

Agora é apontar todos os lápis para fazer outro desenho, novos estudos, novas descobertas. Eu tenho lido bastante sobre técnicas e práticas de desenho, história da arte e teoria da cor. Estou inspirada para poder praticar as coisas que li. Recomendo esse tipo de leitura a todos!

Até a próxima. o/

quarta-feira, 30 de março de 2016

Tesouro - Nossa História em Quadrinhos

Uma das maravilhas que acontecem na vida de um estudante é poder participar de projetos de pesquisa e extensão durante sua passagem pela academia. Design em Quadrinhos, nascido em 2011 no Departamento de Desenho Industrial da UFES, foi um dos grupos de pesquisa dos quais participei, e é com muita felicidade no coração que hoje apresento a vocês o fruto do trabalho que desenvolvemos ao longo desses anos.

Design em Quadrinhos - UFESTesouro - Nossa História em Quadrinhos.

O projeto consistia na produção de uma história em quadrinhos voltada para alunos do Ensino Fundamental, e para isso tivemos como parceira a Escola Municipal de Ensino Fundamental Experimental de Vitória, contando com a supervisão de professores, pedagogos e pesquisadores para que pudéssemos desenvolver com qualidade um material que auxiliasse na aprendizagem da História do Espírito Santo.

Integrantes do DQ - Design em Quadrinhos

Para elaboração do roteiro, foram longos meses de estudo de História aqui do Estado, e depois mais longos meses de desenvolvimento das outras etapas do projeto - storyboard, desenho, arte final, colorização, letreiramento, etc - todas elas baseadas em teoria de design para tomada de decisões quanto a forma, representação, escolha tipográfica. Enfim, o estudo rendeu um projeto de graduação e mais 9 pesquisas de iniciação científica, fora participação em eventos de design como oficina de quadrinhos. Foi tudo muito lindo!

Design em Quadrinhos - UFESPágina interna e capa

A Secretaria de Estado da Cultura (Secult) promove editais que incentivam e fomentam criações de materiais relacionados a produção e desenvolvimento cultural. Nosso projeto foi agraciado por um desses editais, que concorremos pela Secult ES, possibilitando a distribuição do nosso Tesouro em escolas públicas aqui do Estado.

Fiquei muito feliz e emocionada com o resultado!
DQ, parabéns pela conquista!! =)

sábado, 19 de março de 2016

Ah... a criatividade

De onde você tira suas ideias para um desenho, heim? Como você pensa numa resposta malcriada para implicar com um amigo? Como você consegue consertar o motor do carro com chiclete?

"Criatividade"... Quem trabalha no meio artístico é cobrado constantemente a ser uma pessoa criativa. Quem trabalha com publicidade, propaganda e design então... xiiii!!! Aí que a cobrança aumenta mesmo.

Mas afinal, de onde vem nossa criatividade?
Para começar, nossa cabeça está cheia de coisas. Informações que absorvemos durante a vida toda, todos os dias, por meio dos nossos sentidos, consciente ou inconscientemente. Quando essas coisas chegam ao nosso cérebro, ele as organiza da seguinte forma: tudo que é relevante para você naquele momento é colocado na prateleira - local de fácil acesso; o que não é importante, ele guarda em gavetas, armários e cofres - locais que para acessar, você precisa se esforçar um pouco.

Como eu acredito que funciona o cérebro

Dependendo da fase da sua vida, ou momento no qual está passando, trabalho, etc, o cérebro reorganiza as coisas de acordo com suas novas prioridades, retirando algo do arquivo e movendo para a prateleira das coisas importantes, ou enviando informações outrora relevantes direto para o arquivo.

No dicionário criar significa inventar, produzir, transformar, tirar do nada (sim, tirar do nada)... E, considerando as situações em que precisei da criatividade, seja na vida pessoal ou na profissional, penso que todo mundo tem capacidade para ser criativo. Uns desenvolvem essa capacidade de criar mais que os outros. E se esses outros quiserem, podem exercitar a mente. É uma questão de tempo, disciplina, prática... e problemas! Sim, muitos problemas e tipos diferentes de problemas!

Todo problema tem solução

A criatividade está entre o problema e a solução dele, num processo extenso que passamos, muitas vezes, sem perceber. Dependendo do seu repertório de mundo e das coisas importantes que se tem na prateleira do cérebro, a solução de um dado problema vem tão rápido, que faz com que você se sinta um especialista. Outras vezes, as coisas na prateleira não são suficientes para resolver o que precisa.

Metodologia de projeto de Bruno Munari

A criatividade está, portanto, no meio do processo de resolução de problemas. É a síntese de todas as experiências e estudos da vida voltada para um objetivo. Por isso que para nós, profissionais dependentes da criatividade, é de fundamental importância que fiquemos atualizados sobre técnicas e tecnologias, cultura, política... Precisamos de tempo de dedicação para ler mais, ouvir, sentir, vivenciar, estudar, e o mais importante, experimentar.

A prateleira de um cozinheiro está cheia de combinações de sabores, temperos, tipos de cortes, temperaturas corretas, e esse repertório faz com que ele cozinhe algo genuíno com técnica, criatividade e sabor (#mastechef). A prateleira de um concurseiro está cheia de regras de gramática, fórmulas matemáticas, legislação... Ajuste a prateleira do seu cérebro para sua área de interesse no momento e crie repertório. Se for preciso, instale outras prateleiras! 

Dicas de leitura:
Separei 3 dicas de livros interessantes sobre processo criativo.

1. Roube como um artista - Austin Kleon


Este livro tem formato pequeno, pouco texto por página, muitos diagramas, de leitura fácil e rápida. Não tem desculpa pra não ler! É muito legal, te dá 10 dicas interessantes sobre como agilizar sua capacidade de criar de forma direta e ajuda a organizar as referências do dia a dia.

2. Sobre o artesanato intelectuar e outros ensaios - C. Wright Mills


Por meio de vários artigos, o autor nos mostra a importância de se coletar referências para o trabalho e mostra de que maneira podemos organizá-las. Ele chama essa coletânea de referências de "arquivo". O livro tem poucas páginas, mas a leitura é um pouco estranha para quem não está acostumado com "linguagem acadêmica". Vale a pena!

3. Das coisas nascem coisas - Bruno Munari


Todo mundo que se pergunta "por onde começar?" deveria ler este livro! Fala sobre técnicas e metodologia de projeto. Com exemplos bem didáticos e texto direto, Bruno (olha eu, cheia da intimidade) nos mostra que a evolução de um bom projeto depende do conhecimento que temos sobre todas as coisas que envolvem o problema que procuramos solucionar.

Bom estudo e até a próxima! o/

domingo, 13 de março de 2016

Oozaru!

Feliz Ano Novo!!
(Um pouco atrasado, mas tá valendo!)

Há um momento da vida que a gente passa por mudanças... Não estou falando da puberdade, me refiro ao período de busca pela independência, seja financeira, pessoal, familiar. Enfim, é nesse estágio da vida que estou agora. Trabalhando muito, me dedicando ao máximo na organização do novo lar, e tentando estudar no pouco tempo livre que sobra para um futuro mestrado. 

Antes de ser julgada como uma blogueira desnaturada, porque não postei nada desde setembro do ano passado, gostaria de dizer, em minha defesa, que senti muita falta de escrever pra você.

Nessa correria toda da vida, o último desenho que fiz e finalizei foi para um cartão temático de Ano Novo, o qual distribuiria aos amigos, com o signo do horóscopo chinês referente a 2016 - macaco. Quando pensei no tema, a primeira coisa que passou na minha cabeça de otaku foi desenhar o Goku, de Dragon Ball, que na história vira um macaco gigante (Oozaru) quando olha pra Lua cheia.

Rascunho puro x rascunho limpo

Os rascunhos para definir composição foram feitos em papel offset verde porque era o que eu tinha à mão quando pensei no desenho. Depois, com ajuda da mesa de luz, finalizei o desenho em nanquim sobre papel branco 180g/m². Para colorir usei lápis de cor... desses sem mistério, escolar, 12 cores. Para preencher o ano, usei caneta gel dourada. No original fica bem bonito, mas nas cópias coloridas ficou uma cor ocre bem escura.

Desenho finalizado.
あけまして おめでとう!= akemashite omedetou! = Feliz Ano Novo!

Esse foi o resultado da brincadeira. Há um bom tempo não desenho para fins pessoais, então fiquei bem feliz por ter desempoeirado os materiais no começo do ano. =)

Espero que consigamos colher bons frutos em 2016 e que a produção não pare!
Até a próxima! o/