quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

Exposição Isto é Mangá

Olá!

Pronto para mais um rolê em centros culturais? O nosso passeio anterior foi na exposição "Olá, Mauricio!" e hoje vamos saber um pouco mais sobre a Isto é Mangá, que ficará na Japan House SP até o dia 05 de janeiro de 2020. A Japan House, para quem não conhece, é uma instituição criada pelo governo japonês para difundir arte e cultura japonesa em vários países. Aqui no Brasil, ela fica na cidade de São Paulo, na famosa Avenida Paulista.

Painel de entrada da exposição Isto é Mangá.

Isto é Mangá fala sobre a carreira do premiado quadrinista japonês (mangaka) Naoki Urasawa - autor de 20th Century Boys, mangá lançado pela Shogakukan e publicado aqui pela Panini. Inclusive, eu só conhecia essa obra dele, e me surpreendi bastante na exposição vendo as outras criações.

O espaço é bem grande, e conta com vários biombos contendo páginas originais dos mangás de Urasawa. Por questões legais, infelizmente não é permitido fotografar essas páginas de quadrinhos, mas é muito legal ver de perto o processo de artefinal de um mangaka de verdade. Retículas coladas, esboços e anotações em lápis azul (non-photo blue), machas de nanquim corrigidas com tinta branca, páginas especiais coloridas com aquarela... Que pena não poder registrar isso para vocês!

Havia também nas paredes alguns painéis com cópias em grande escala das obras. Estes sim poderiam ser fotografados, inclusive para interagir e compartilhar nas redes sociais. A Japan House sugere o uso das hastags #UrasawaNaJHSP e #IstoéMangá para divulgar a exposição.

Painel mangá YAWARA! / Painel mangá MONSTER

Boneco e painel de 20th Century Boys.

Ideias para capa do mangá PLUTO / Painel dos quadrinhos BILLY BAT
*cocriação de Takashi Nagasaki

Além disso, também estavam expostas as cópias de cadernos de quando Naoki Urasawa era criança, contendo suas primeiras histórias originais. Conseguimos acompanhar, desta forma, a constante evolução do traço do artista e sua capacidade de transformação. Billy Bat, por exemplo, embora contenha muitos elementos característicos dos quadrinhos japoneses, está carregado de inspiração nos cartuns americanos da década de 1920, como Gato Félix.

Vou deixar abaixo imagens do folder, no qual podemos obter mais informações sobre o artista, e sobre o mangá e sua importância cultural.

Folder da exposição - cliquei na imagem para ampliar

Espero que tenha curtido nosso passeio. Quem gosta de quadrinhos, gosta de desenhar, e estiver por São Paulo, visite a exposição. É fácil chegar, não paga nada pra entrar, e faz um bem danado! Para quem mora longe, também é possível sentir o gostinho da exposição visitando o site da Japan House e acompanhando as hashtags já mencionadas.

Um agradecimento super especial ao Hideki, que estava comigo no dia e cedeu algumas fotos que fez lá para que eu pudesse compartilhar a experiência aqui no Cappuccino. 

Vejo você no próximo rolê!
Até mais! o/

segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

Looks "de segunda"

Oi oi oi! Tudo joia?

Aconteceu comigo algo que está cada vez mais comum no meio artístico: o tão temido bloqueio criativo. Não foi de uma hora para a outra, e sim um processo. Houve um período em que eu estava com alguns trabalhos de ilustração para fazer e mal sobrava um tempinho para produção pessoal; porém, depois da entrega dos trabalhos e sobra de tempo livre, a produção pessoal continuou no zero!

Em meio a uma das várias crises de ansiedade que tive, assisti a vídeos sobre como aproveitar melhor as peças de roupa e fazer combinações inteligentes com o que já tem no armário. Com vontade de testar essas combinações, mas sem paciência de ficar trocando de roupa, comecei então a desenhar os "looks" que achava interessante experimentar um dia.

Primeiro look, usei para passear e tomar café.

Esse desenho acima foi o primeiro após meses de bloqueio. Tentei me desprender de várias formalidades como proporção, perspectiva, e deixar o traço fluir sem compromisso. Achei o resultado legal e acabei postando no Instagram

Segundo look, uma combinação que ficou melhor na vida real do que no desenho.

No segundo já consegui ousar um pouco mais na pose. Usei o desenho como aquecimento de braço para um trabalho que precisava fazer. A partir daí já consegui desenhar outras coisas no tempo livre e voltar a rabiscar o que quer que fosse, despretenciosamente.

Terceiro look, ainda não usei. Estou aguardando oportunidade!

Quando cheguei no terceiro desenho de look, pensei "por que não fazer disso um hábito?". Se vai dar certo, ainda não sei, mas pretendo postar nas redes sociais todas as segundas-feiras uma sugestão de roupa com a #lookdesegunda. O nome carrega um trocadilho que me descredita (afinal, quem sou eu no mundo da moda?), mas como exercício, acho que vale à pena. Te convido a me seguir lá para acompanhar meus looks de segunda rsrs. 

Para amarrar o assunto sobre bloqueio criativo e ansiedade, fatores externos como organização da casa nova depois da mudança interestadual, saudade da família e do convívio com amigos, falta de renda fixa e preocupação com os boletos chegando etc, tiveram uma parcela de contribuição nesse problema. Me sentia completamente culpada por sentar diante do sketchbook enquanto todas essas coisas buzinavam na minha cabeça. Sei que muitas pessoas passam por isso, cada uma com os seus gatilhos. =/

Como experiência pessoal, sugiro respeitar seu próprio tempo. Bloqueios criativos às vezes são necessários para que a gente, como artista, possa refletir sobre o próprio trabalho. Evite se comparar com o outro, e foque no seu próprio desenvolvimento. Se abra, fique ligado ao que está acontecendo ao seu redor, leia um livro novo, veja vídeo sobre algo que nunca te interessou antes... Uma hora a criatividade volta, e você vai poder desenvolver novos projetos. S2

Beijo grande, leitor!
Até a próxima! o/