sexta-feira, 21 de abril de 2023

3 materiais básicos de desenho

Olá, pessoal! 
Hoje temos uma folguinha porque é feriado de Tiradentes, que coisa boa! Traz pra cá a sua caneca de café, cappuccino, chocolate... a bebida que for. Neste post vamos conversar sobre quais são os itens mais básicos para se começar a desenhar e, de quebra, quanto eles estão custando atualmente.

A ideia para essa postagem veio ontem em uma papelaria, enquanto comprava suprimentos artísticos pra repor o que foi gasto. Fiquei pensando "quanto eu gastaria se fosse começar a desenhar do zero hoje?", e comecei a anotar os preços dos itens básicos que precisaria comprar.

Mas que itens são esses?
Hmmm... então, gente, é muito provável que essa lista mude de ilustrador para ilustrador. Considerando a minha trajetória de artista, acredito que os "itens básicos" sejam apenas estes 3: lápis, borracha e papel. O que vier além disso, é lucro.


O lápis te dá oportunidade de desenhar sem medo de ser feliz. Se houver algum descuido ou erro, é fácil apagar e refazer quantas vezes precisar. A borracha é sua principal aliada nesse processo. Já falei neste outro post sobre a importância de se usar a borracha, principalmente quando somos iniciantes.


1) Lápis: qual lápis?
Existe uma variedade de tipos e marcas de lápis atualmente no mercado. Os lápis "para escrever" (HB), então, são uma perdição! Tem um mais lindo que o outro e dá vontade de levar um de cada pra começar uma coleção. Mas quando pensamos em ferramentas de desenho, precisamos voltar nossos olhares para os lápis graduados.


Chamamos de "graduação" essa informação que aparece na lateral do lápis, e, resumidamente é o seguinte: quanto maior o valor de B (black), mais grafite na composição, deixando a ponta mais macia e o risco mais escuro; já o H (hard) tem mais argila do que grafite, e a ponta fica mais dura e o risco sai clarinho.

Eu uso os da Faber-Castell, e encontrei um kit com os quatro da imagem acima no valor de R$18,30 - uma média de R$4,50 por lápis. Também é possível achá-los avulsos, na faixa de R$3,65 cada. 

Se optar por comprar avulso, qualquer lápis escolar serve como HB. Se for pra escolher algum da série dos B pra começar a ter contato com as graduações, recomendo o 4B. 


2) Borracha: qual borracha?
Borracha para desenho precisa ser macia. Sabe aquela borracha clássica de duas cores, vermelha e azul? Não gosto muito de usar pra desenhar não, porque danifica um pouco o papel. Mas se é a que você tem em casa, sem problemas, basta ter cuidado.

Caso você ainda não tenha alguma borracha, procure aquelas lisinhas de vinil. O valor delas fica perto de R$4 a unidade. Algumas marcas são mais caras um pouquinho... aí vai do bolso de cada um.



3) Papel: qual papel?
Pra quem está começando, qualquer papel serve! O ano acabou e sobrou folha no caderno? Usa pra desenhar. Pegou panfletinho na rua? Usa o verso pra desenhar.

Na papelaria onde eu estava os cadernos de cartografia e desenho, que tem lá umas 96 folhas, custam entre R$8 ~ R$15 dependendo do modelo, da capa, da marca. Um pacote de Chamequinho com 100 folhas custa uns R$8 e um pacote com 300 folhas de Chamex está na faixa dos R$20. Nessas opções listadas, o tamanho do papel é A4 (21cm x 29,7cm) e a densidade é de 75g/m².


E quanto fica essa brincadeira?
Pelas minhas contas, dá pra ser muito feliz investindo R$20 pra comprar seus materiais básicos. Provavelmente esses valores vão mudar de acordo com o lugar em que você mora (e com data de leitura desta postagem). Uma dica é, sempre que puder, dar uma olhadinha em papelarias de bairro, pois às vezes até rola um descontinho bacana quando o vendedor é o próprio dono da loja.

Se você quiser, compartilhe nos comentários algumas papelarias legais que você frequenta para ajudar os leitores do blog! Vou deixar minha contribuição com algumas opções online:


Até a próxima! o/

sábado, 1 de abril de 2023

Como montei meu portfólio de ilustração infantil

Olá, meus amores que deixam a vida mais colorida!
Como estão? Notaram que o topo do blog mudou?

Gente... do meio ao final de 2022 eu passei pela árdua jornada de criar um portfólio de ilustração. Cedo ou tarde o perrengue precisava acontecer. Vocês sabem que sou designer e trabalho a maior parte do tempo com demandas relacionadas a direção de arte, mas que alimento o sonho de viver exclusivamente de ilustração um dia. 


Ao longo do processo eu tive várias crises de ansiedade - afinal, esse catálogo de ilustração representa um grande sonho e tal -, e até a síndrome do impostor esteve presente, pra variar. Mas graças ao apoio dos meus amigos e às dicas que ilustradores compartilharam na internet, consegui desenrolar. 

O post de hoje vai ser um resumo das coisas que fiz, na ordem que foram feitas, com objetivo de te ajudar, caso esteja passando por essa dificuldade de montar um portfólio também.

Vamos começar?

1) Definir em qual nicho de ilustração você quer atuar + pesquisar o que é relevante mostrar para quem busca esse tipo de trabalho. 

Já começou com um soco no estômago, né? Pois é! Como tenho interesse em várias áreas, vários estilos e várias técnicas, definir um nicho não foi nada fácil.

Optei por ilustração infantil, pois gosto bastante e talvez me permita ter liberdade de estilo dependendo do texto. Feito isso, comecei a pesquisar na internet o que era fundamental conter num portfólio dessa área. A lista de itens é mais ou menos assim: ilustrações coloridas; desenhos de crianças com diversidade de corpos e etnias; temas que se relacionam com o universo da criança (brincadeiras, brinquedos, fantasias, jogos, momentos em família etc); personagens de histórias da literatura infantil etc.

Independente do tema do seu portfólio - se é para trabalhar com HQ, com concept de jogo, estampa de camisa -, vai anotando tudo que você puder lembrar, como se fosse uma lista mesmo. Isso vai ajudar muito nas próximas duas etapas.


2) Curadoria! Olhar para o que você já tem pronto e o que atende aos itens da listinha da etapa anterior.

Essa foi a parte mais complicada pra mim. Quando fui separar minhas ilustrações, notei que apesar de já ter feito muito desenho nessa vida, pouca coisa daria para aproveitar. Ou não se encaixava no tema, ou meu traço já tinha mudado, ou era um estudo pessoal despretensioso... 

Nessas horas é legal contar com amigos de confiança pra ajudar, porque nos apegamos muito aos desenhos que fazemos e queremos aproveitar de tudo quanto é maneira. Só que, galera, não dá! Precisa ter sangue frio e ser racional nesse momento.

Enfim, no fim das contas eu não tinha quase nada! rs


3) Então partiu produzir coisa nova!

Depois de feita a curadoria e separar o que já atende aos itens da lista, é hora de trabalhar com todo carinho nas ilustrações que faltam. Lembre-se que a etapa mais difícil já passou, mas agora vem a etapa mais trabalhosa. Leve o tempo que precisar, não faça nada com pressa.


Desenhei tanta coisa, mas taaaanta coisa...


4) Montar, de fato, o portfólio.

Existem várias plataformas online e gratuitas onde você pode subir seus trabalhos para montar um portfólio digital: Behance, ArtStation, DeviantArt, o próprio Instagram também. Dá pra fazer bom uso delas, ou, se preferir, organizar como se fosse uma apresentação e exportar como PDF; ou até mesmo imprimir.

Eu uso o Behance como plataforma para subir os projetos, e ultimamente tenho tentado deixar o Instagram mais organizado possível, pois sei que muitos clientes olham lá. 


Acabei investindo em algumas cópias impressas do meu portfólio para entregar pessoalmente quando houver oportunidade de ir a um evento ou feira de livros.


5) Tá na hora de mostrar seu trabalho para o mundo!

A última etapa, portanto, é enviar seu portfólio para empresas e editoras que sejam do seu interesse. Faça primeiro uma pesquisa de pra onde enviar, selecione o lugar direitinho, veja se a empresa ou editora trabalha com o que você quer fazer. Eu literalmente fui à uma livraria e passei horas olhando publicações e anotando o que achava interessante.

Nos sites das editoras costuma ter informações de como entrar em contato no caso de você ser ilustrador interessado em trabalhar com eles e tal. Elas pegam o material enviado, montam um banco de dados, e te procuram quando aparece algum texto que encaixa no seu estilo de desenho.

Se for pra entrar numa empresa desenvolvedora de jogos ou produtora de animação, fica de olho na página delas para ver se tem vaga aberta pra ilustrador. No Linkedin, por exemplo, dá pra configurar um alerta de vagas pra receber notificação sempre que a empresa publicar algo. Mas você pode caçar a oportunidade também! Entra em contato, se apresenta, pede o endereço de e-mail pra enviar seu  portfólio. 


EXTRA!
Vou deixar o link de um material feito pelo Rodrigo Cordeiro (ilustrador) que me ajudou muuuuito nesse processo de montar o portfólio. Espero que seja útil e que possa ajudar vocês também.



No canal do Rodrigo , além de vários vídeos sobre a profissão ilustrador, tem essa série especial só sobre portfólio. Recomendo assistir tudo! 

Espero que o post tenha sido útil e te ajude de alguma forma. Fique à vontade para deixar um comentário caso tenha alguma dúvida ou se quiser compartilhar sua experiência para ajudar os visitantes do cappuccino.

Desejo todo sucesso do mundo pra vocês!!!
Até a próxima! o/