sábado, 26 de setembro de 2020

DIY - Fiz um quadro branco

Oi, galera bonita desse blog!
Percebi que precisava de um quadro branco quando me dei conta de que estava gastando muito papel para anotar informações temporárias. Uma lista de tarefas aqui, planejamento de um processo criativo ali... Anotava tudo em uma folha de papel, que ao fim do dia acabava indo pra lixeira, quando eu poderia ter usado esse monte de papel pra desenhar. Chato, né? Precisamos economizar e cuidar do planeta.


Bom, primeiramente pesquisei preços de quadro branco, pois achava que seria um investimento bacana pra casa e tal. Os preços variam de acordo com fabricante e tamanho, e fiquei bem desanimada em ter que desembolsar uma grana quando eu tinha materiais suficientes em casa pra fazer um com custo zero. Vou mostrar passo a passo pra você:


A gente SEMPRE tem em casa uma moldura de quadro ou um porta-retratos sem uso. Você vai precisar dela, de qualquer tinta branca, e de um rolinho ou pincel. Usei tinta PVA, mas pode ser qualquer uma dessas para artesanato ou até mesmo guache escolar.


Desmontei a moldura e separei o painel de fundo para pintá-lo de branco. É muito importante que você jamaaaaais pinte o vidro, pois se futuramente quiser reverter o porta-retratos para função original, vai ser tranquilo. Inclusive, se não quiser pintar o suporte, pode apenas colocar um papel em branco no lugar que ficaria a foto.

ALGUNS CUIDADOS:
É importante que sejam usadas canetas próprias para quadro branco, pois é mais fácil de limpar. O resíduo desse tipo de caneta solta facilmente da superfície quando o solvente seca, enquanto outros tipos de marcadores mancham o vidro - e aí vai ser preciso usar solventes mais abrasivos para limpeza.


Os marcadores pra quadro são bem baratinhos, em média uns R$5 a unidade, dependendo da marca. Devo ter pago mais ou menos uns R$20 nesse conjuntinho da Bic que vem 4 cores + apagador. E nessa brincadeira toda foi o único valor gasto pra ter 2 quadros brancos em casa.

BÔNUS:
Fiz alguns templates para facilitar a organização de algumas tarefas. Um deles é próprio para planejamento semanal, e o outro é uma grade de pontinhos que serve para qualquer coisa! Basta colocar como fundo da moldura, e riscar por cima do vidro.


Vou disponibilizá-los abaixo para download gratuito em PDF para que você possa imprimir e usar no seu quadro branco também, se quiser. Estão nas versões azul e cinza, na proporção dos formatos de papel do grupo A (A5, A4, A3).


Espero que tenham gostado!
Se fizerem um quadro branco também, deixem um comentário aqui no blog e me marquem nas redes sociais (@nanechan_) para que eu possa ver e compartilhar o trabalho de vocês, combinado? 

Até a próxima! o/

terça-feira, 8 de setembro de 2020

Desenho botânico

Olá, galera! Tudo joia?
No post de hoje vou falar um pouquinho sobre minha relação com o desenho botânico, um motivo que veio ganhando muito destaque recentemente entre artistas e ilustradores, mas que já existe e é praticado há vários séculos.

A humanidade sempre se relacionou com a natureza ao longo de sua existência, mas só a partir do Renascimento que os artistas puderam olhar para ela de forma mais científica. Nessa época, entender a natureza de maneira aprofundada permitia ao artista representá-la com fidedignidade.

Desenhos botânicos do artista renascentista Albrecht Dürer, século XVI.

Chamamos de Botânica a ciência que estuda o Reino das Plantas, e o desenho é um elemento fundamental para o desenvolvimento desse estudo. Neste contexto, podemos classificar grosseiramente as ilustrações botânicas em dois tipos: científicas e artísticas. 

Silvia Cordeiro // Marie Burke
Ilustrações botânicas com propósitos diferentes.

As ilustrações botânicas científicas são direcionadas aos conteúdos instrucionais e didáticos, pois precisam seguir metodicamente a estrutura de uma planta como ela realmente é. Costumamos ver esse tipo de desenho em livros de Biologia, catálogos, publicações especiais, enciclopédias etc. Já as ilustrações artísticas tem liberdade absoluta em relação à técnica, ao uso de materiais, simplificação de formas, abstração, criação de elementos, e por aí vai.

No meu caso, reproduzir qualquer um dos tipos citados acima me tira da zona de conforto. Desenhar plantinha não é o meu forte, mas quis trazer pro blog alguns estudos que fiz nesta semana.


Passamos por um feriadão e fiquei com vontade de desenhar e estudar alguma coisa. Pensei no quanto precisava me aventurar por desenhos botânicos e lembrei deste perfil bem legal do Instagram com fotos lindas de orquídeas, para dar uma ajuda com referências.

O primeiro desenho que fiz foi este aqui:

Imagem de referência X Desenho com lápis de cor.

Usei lápis de cor da linha Super Soft da Faber Castell sobre papel preto Fabriano neste estudo. Apesar de destoar bastante da foto, achei bem legal o exercício e tentei aproveitar ao máximo o processo como um topo. Até mesmo para desenvolver mais a experiência com o lápis de cor.

O gosto pela coisa acabou me levando para um segundo estudo, o qual registrei algumas etapas para mostrar melhor aqui no blog: 

Imagem de referência X Início do desenho.

Como estava desenhando em um papel escuro, optei por fazer o risco/esboço com lápis giz na cor branca. O pigmento do giz não gruda permanentemente no papel e fica mais fácil apagar sem danificar sua fibra. Grafite também funciona, porém ao apagar algum erro, a borracha pode manchar a impressão colorida do papel, deixando algumas áreas opacas e esmaecidas.

Etapas e colorização do desenho.

À medida em que eu fui passando o lápis de cor, o giz branco foi saindo. Tentei evitar linhas de contorno na flor, deixando a passagem de cores o mais natural possível. Observar a planta e pensar na sua estrutura facilita muito na hora de desenhar e estabelecer os pontos de luz e sombra.

Resultado do segundo estudo.

Desenho finalizado, com gostinho de quero mais. O processo todo me exigiu paciência e muita concentração, o que não foi fácil... mas também não foi impossível. Fiquei satisfeita com o resultado mesmo não sendo 100% perfeito. Afinal, perfeiçãããão só vem com a prática, né?

Agora me conta, qual tipo de ilustração te tiraria da zona de conforto?
Até a próxima! o/