sábado, 18 de novembro de 2023

Museus de Arte em Buenos Aires

Olá, pessoal! Como vocês estão?

Hoje te convido para fazer um tour por dois museus de Arte que ficam na cidade de Buenos Aires, capital da Argentina. Estive passeando com meu esposo por lá no início deste mês e, dentre muitas atrações que a cidade oferece, pudemos visitar esses locais recheados de obras e artistas famosos.

Para nós (designers, artistas, ilustradores) é muito importante observar obras de arte, não só a fim de adquirir repertório visual, mas para exercitar a leitura e interpretação das mensagens contidas nas peças. Inclusive, esta não é a primeira vez que convido vocês a visitarem museus comigo. Se clicar nesse post, vai encontrar um texto mais detalhado sobre a importância dos museus e uma lista de sites pra fazer tour virtual por alguns deles.


O primeiro museu que visitamos foi o Nacional de Bellas Artes e a entrada é gratuita! 


Não tinha um caminho certo para ser seguido durante a visita. Podíamos transitar livremente pelo espaço, independente de seguir uma ordem cronológica dos itens em exposição. Iniciamos a visita pelos artigos dos Povos Andinos da antiguidade.


Vendo as peças, achei bem curioso e interessante que os desenhos representados ali me lembravam figuras atuais da cultura geek. Aqueles animaizinhos da primeira imagem não parecem o Freeza, do anime Dragon Ball? E esse último poderia se passar pelo Rigby, de Apenas um Show. Eu amo ver o que os povos antigos produziam e perceber que, mesmo com milhares de anos de diferença, estamos conectados através da Arte.


Dos artistas mais modernos, podemos encontrar obras de Van Gogh, Gilbert, Modigliani, a escultura mais famosa de Rodin - o Beijo... e eu ali anotando tudo. Lá também encontrei Veronese, Manet, Velásquez, Pollock, Rothko, e dezenas de outros! O acervo é gigante e eu levaria horas e horas ali dentro observando tudo. Infelizmente, na condição de turista, o tempo estava contado pois precisava ir conhecer outros lugares também.

Para nossa sorte, hoje em dia é possível ter acesso ao acervo de forma digital. Então o que eu deixei de olhar com mais atenção lá, pude rever de forma mais minuciosa em casa.

Bora pro segundo museu?


Para visitar as exposições no Malba, pagamos ingressos no valor de 3.000 pesos por pessoa, que no nosso sistema de câmbio, dava mais ou menos uns R$18 cada um.


De cara a gente já tinha um objetivo definido: encontrar o Abaporu, da brasileira Tarsila do Amaral (e essa obra fica justamente no Malba).

Mas antes, deixa eu mostrar uma coisa pra vocês:
 

Lá no Malba tinha exemplares da revista da Semana de Arte Moderna de 1922. Eu fiquei emocionadíssima quando vi, afinal só conhecia por fotos e citações nos livros sobre arte. Não dava pra manusear, porque estava protegida com vidro (e mesmo se não tivesse, né? Temos alguma noção de comportamento).

Agora sim, meu encontro com Tarsila, e com outros brasileiros também turupom. Os Bichos de Lygia Clark (canto superior direito) estavam em exibição, mas apesar de terem sido projetados para manusearmos, esses estavam fora do nosso alcance, pois eram os originais. Abaixo dos Bichos, uma obra de Portinari chamada Festa de São João.


Estamos em todos os lugares! Huehue!

Bom, além dos brasileiros citados acima, havia outros grandes nomes da America Latina expostos lá. Passamos pelos coloridos do argentino Xul Solar; geométricos de Diego Rivera; os Impossíveis de Maria Martinz (brasileira também); e as figuras redondas de Fernando Botero.


Falando em grandes nomes da America Latina, deixei por último, e não menos importante, o encontro com obras de Frida Kahlo. Foi a cereja do bolo!


Se já ficamos admirados olhando fotos, imagina estar cara a cara com a obra, aprendendo quais cores foram usadas pra pintar, quais foram os tamanhos do pincel e como as camadas de tinta foram feitas. É uma experiência maravilhosa! Sinto como se estivéssemos conversando, entende o que quero dizer?

Fim do tour
Coloquei poucas fotos de cada lugar para que possam clicar nos links que deixei com os acervos de cada museu e dar uma olhadinha em tudo. Tem muita coisa interessante. Depois quero saber o que acharam do passeio, heim!

Se por acaso você, assim como eu, teve a chance de ir presencialmente, me conta suas impressões aqui nos comentários também! Eu vou amar saber como foi sua experiência. 

Até a próxima! o/

sábado, 21 de outubro de 2023

Palestra na SDesign 2023

Olá, minhas companhias do cafezinho! Como estão?

Na postagem anterior eu disse que participaria como palestrante do evento SDesign 2023, em comemoração dos 25 anos do curso de Design da Ufes (Universidade Federal do Espírito Santo). Pois bem, a palestra ocorreu e eu estou muito feliz de ter participado! Vou contar mais detalhes neste post.

Apesar de já ter assistido a várias palestras durante minha vida acadêmica, nunca havia feito uma antes. Assim, já dei aula, já apresentei trabalho em congressos, já apareci até na TV, mas estar em uma palestra é diferente... Pelo menos na minha cabeça é.

Como sou uma pessoa ansiosa, preparei todos os slides com 1 mês de antecedência do evento. O tema foi Metodologia de Projeto no Processo Criativo de Ilustrações, algo que costumo compartilhar com frequência aqui no blog. No início fiquei bem nervosa/ansiosa, mas correu tudo bem durante a apresentação e consegui responder perguntas e sortear álbuns de figurinhas no final. Tive muito retorno positivo sobre meu trabalho e sobre a palestra em geral e fiquei bem feliz. Obrigada a todo mundo que ficou para assistir!



O pessoal da organização foi um amor comigo, me acolheram super bem; disponibilizaram café, frutas e água. Estando na Ufes, aproveitei para rever alguns de meus professores também. Afinal, cheguei onde estou graças ao que aprendi com eles dentro e fora de sala de aula. 

Aqui no blog tenho relatos das minhas participações nesses eventos (se você clicar aqui em SDesign e aqui em S Design, vai poder ler alguns posts). Inclusive o Cappuccino nasceu depois de uma oficina que participei com o João Marcos, que me incentivou a compartilhar meus desenhos e minha rotina de estudos na internet. Esse pensamento me passou pela cabeça durante a apresentação e fiquei emocionada, porque eu é quem estava ali no palquinho agora, incentivando a galera a mostrar o trabalho pro mundo.

Só sei dizer que depois que tudo passou, lembrei de várias coisas que poderia ter dito. Normal, né? Mas eu vou me planejar para postar futuramente aqui um resumo da palestra, com slides, tanto para quem não pôde assistir, quanto para reforçar o assunto pra quem esteve presente.

Fiquei com um gostinho de quero mais, e espero que novas oportunidades de encontros como esse aconteçam daqui pra frente.

Abraço e até a próxima! o/

domingo, 10 de setembro de 2023

Serei palestrante na SDesign 2023

Oi pessoal!
Fui convidada pela organização da Semana de Design da Ufes 2023 para dar uma palestra sobre ilustração para os alunos do curso de Design Gráfico. O evento, que acontecerá no mês de outubro, entre os dias 16 e 19, tem como principal objetivo unir comunidade acadêmica, profissionais e mercado de trabalho. 


Receber o convite para participar da SDesign este ano como palestrante me deixou bastante emocionada. Passou um filme na minha cabeça... Lembro que participar de eventos assim como aluna/ouvinte foi muito importantes para minha formação acadêmica, pois conheci vários profissionais e possibilidades de atuação no mercado.

Foi inclusive na SDesign 2010 que conheci o João Marcos - ilustrador, chargista, quadrinista e roteirista da Turma da Mônica -, pessoa maravilhosa que me incentivou a criar o blog e começar a divulgar meus desenhos para o mundo!

Vai ser a primeira palestra da vida, e confesso que estou com muito medo ainda. Mas um medo bom. E espero que minhas experiências possam contribuir também de alguma forma na carreira dessa nova geração de designers e ilustradores que está por vir. <3

Na palestra, que acontecerá no dia 19/10, falarei sobre “Metodologia de Projeto no Processo Criativo de Ilustrações”.  Aguardo vocês lá! o/


Vou deixar o site da SDesign 2023 linkado aqui para mais informações.

segunda-feira, 21 de agosto de 2023

Eureka! Trouxe uma novidade!

É com muita alegria que compartilho aqui com vocês uma novidade incrível: a Eureka - ateliê de encadernação artesanal - e eu fechamos uma parceria para produção de caderninhos de bolso com capas da coleção Bichos Protagonistas de Obras de Arte. \o/


Tá sendo a minha primeira experiência com lançamento de produto de papelaria criativa, mas como entendo desse segmento pelo lado artista consumidora, fiz o máximo para trazer pro mercado em parceria com a Eureka um caderno com qualidade para quem gosta de desenhar. De artista para artista!

O que é a série Bichos Protagonistas.

Para quem ainda não conhece, Bichos Protagonistas de Obras de Arte é uma série de releituras que fiz, em tinta acrílica sobre papel, de obras pictóricas de grandes nomes da História da Arte. Foi uma forma divertida que encontrei para despertar nas pessoas o interesse pelos vários estilos e movimentos artísticos. No total são 6 pinturas (e eu tenho prints A4 ou A3 disponíveis pra venda):


Para a Eureka, disponibilizei 3 opções de capas: Athos à Modigliani; Calopsita Tocadora de Pífano; e O Beijo dos Gatinhos.

Cadernos de bolso Eureka - especificações


Os caderninhos de bolso são feitos um a um, costurados à mão com todo o cuidado, e são práticos para transportar porque medem 11,5cm x 16cm. Eles têm capa em textura de tela, fechamento com elástico colorido e miolo com 64 páginas em papel Pólen Bold 90g/m². 


Para quem não conhece, o Pólen é um papel não revestido da cor amarelo creme, de superfície porosa com textura gostosinha de correr o lápis; como foi projetado para livros, é super confortável para visão também!

Recomendo muito para usar como sketchbook mesmo, rabiscando livremente! Dá pra trabalhar nele com lápis grafite, lápis de cor e canetas nanquim. O papel Pólen aguenta moderadamente outras técnicas com tinta também, como guache, tinta nanquim, tinta acrílica, e marcadores à base de água. Eu fiz teste de resistência para aquarela, mas como é muito poroso, o espalhamento da tinta - se aguada demais - fica comprometido e pode vazar do outro lado do papel, além de enrugar e tal.

Como adquirir os sketchbooks de bolso


Os caderninhos podem ser adquiridos individualmente ou o kit com trio de capas na loja Eureka:



Aproveitando a promoção de aniversário do ateliê, todas as compras acima de R$50 feitas em agosto/2023 têm 12% de desconto usando o cupom EUREKA12. Então aproveite para garantir logo os seus economizando uma graninha.

Estou muito feliz e empolgada com essa oportunidade de parceria e espero que vocês gostem de usar os caderninhos. Se tiver alguma dúvida sobre o produto, pode deixar um comentário aqui na postagem ou enviar um e-mail que eu venho responder. <3

Ótima semana, pessoal! Até a próxima! o/

quinta-feira, 3 de agosto de 2023

Micromundo

Olá! Passe o protetor solar, porque hoje vamos caminhar no jardim procurando cenários para os mundinhos em miniatura.


Tenho postado várias ilustrações recentemente com esse tema, afinal de contas, fantasia é um gênero que adoro e acaba sendo aquela "zona de conforto" quando o bloqueio criativo bate, sabe? Porém, apesar de ser confortável, muitas vezes não é nada fácil elaborar uma composição e acabo angustiada do mesmo jeito.

Neste post vou mostrar um truque que pode ajudar a vencer a tela/ o papel em branco. E, pasmem, está aqui no jardim! Heheh!

Você certamente tem alguma plantinha perto de você neste momento. Seja no quintal, no jardim, no vasinho de suculenta na janela da área de serviço, ou no capim que cresce na calçada da rua... Todos esses cantinhos com mato são cenários em potencial para se desenhar micromundos.


Fiz esse compilado de fotos no jardim do condomínio. Não é a foto do jardim em si, mas são detalhezinhos de plantinhas aqui e ali. Tá entendendo onde quero chegar? Então pegue seu material de desenho e venha!


Pode tirar foto e voltar pra dentro casa, ou fazer o exercício de desenho no local mesmo, repondo a vitamina D. Foi o que eu fiz, inclusive! Fiquei lá me contorcendo no jardim do prédio pra ver e desenhar direitinho as plantas, até ficar com vergonha dos vizinhos me olhando, curiosos.

Uma coisa que eu adoro no desenho artístico é que ele não tem o compromisso de ser fiel à realidade. A gente pode inserir ou apagar elementos da imagem de referência sem culpa!


Depois de desenhar apenas aquilo que considerei interessante para o cenário, coloquei personagens: um duende (possível heróis da história); um vagalume (seu fiel escudeiro); e um sapinho espreitando perigosamente. Em seguida, com o rascunho pronto, fiz as linhas de contorno para arte final e comecei a preencher os espaços com cor.


O fundo fez toda a diferença na ilustração! Além de deixar o cenário mais profundo, as silhuetas das plantas criaram uma atmosfera mais sinistra para a narrativa. Eu amei, porque a ideia era justamente deixar a presença de um sapo ali o mais dramático possível!


Próximo passo, iluminação. Além dos detalhes das plantinhas, fui colocando sombra e luz no ambiente. Como tenho um vagalume em cena, precisei me preocupar com a luminosidade emitida por ele também.

O traseiro do vagalume foi a cereja do bolo e a ilustração ficou assim:


A parte mais difícil é sempre o começo, né? Mas aí a gente vai rabiscando e se empolgando... até sair algo. O que você acha desse tipo de exercício para a criatividade? Toparia fazer?

Vou encerrar por aqui, deixando a proposta para que procurem um vasinho de planta aí em casa e façam a experiência de usar como cenário de um mundinho, com personagens fantásticos. Me conta se fizer, vou amar saber o resultado!

Até a próxima! o/

quarta-feira, 12 de julho de 2023

Álbum de Mascotes 2023

Olá, pessoal!

Este ano eu fui convidada para participar como designer e ilustradora de um projeto muito especial: o Álbum de Mascotes 2023. 

Capa do álbum de figurinhas.

É um álbum de figurinhas dos mascotes das 32 seleções que participam da Copa do Mundo de Futebol Feminino.


Um breve histórico sobre o projeto do álbum

Idealizado lá em 2018 pelos meus amigos Gabriel Vogas (redator) e Thiago Egg (ilustrador) durante a Copa do Mundo daquele ano, o álbum de figurinhas Mascote do Dia foi lançado de forma independente para apoiadores.




Na Copa de 2022, aproveitando a febre do álbum de figurinhas oficial da competição, o projeto foi reformulado e teve como objetivo gerar um material lúdico e informativo que pudesse ser usado em escolas como ferramenta paradidática, promovendo interação entre os alunos. Deu super certo e o projeto Álbum de Mascotes 2022 foi vendido para o Colégio Vicentino São José, em Vila Velha - ES.


Chegamos em 2023

Até então o álbum deles acompanhava os eventos mundiais de futebol masculino, mas agora, pela primeira vez, temos uma edição especial para a Copa de Futebol Feminino de 2023! E eu fui "convocada" como ilustradora para representar as mulheres!


Um desafio que aceitei feliz da vida! Eu já havia trabalhado como dupla de criação do Vogas em agência de propaganda, e tinha muita vontade de trabalhar com ele em algo autoral também. Sabemos que o futebol feminino ainda tem menos visibilidade que o masculino, então poder fazer parte de um projeto assim, que ajuda a divulgar o esporte, me enche de orgulho! Agradeço muito pela oportunidade! 


O processo criativo do álbum de 2023

Funcionava assim: nós tínhamos uma pasta compartilhada onde subíamos arquivos de texto, as planilhas com lista dos mascotes e os rascunhos das ilustrações para aprovação para que pudéssemos ir trocando ideia. Tudo bem organizadinho, seguindo um planejamento. Foram 2 meses de dedicação total para conseguir fazer tudo a tempo de viabilizar o projeto para a escola. 

O álbum seguiu a mesma estrutura básica das edições anteriores, mas adaptada para o meu estilo de trabalho: páginas internas com informações sobre futebol geral e feminino, páginas para colar as figurinhas com informações sobre os países, páginas com atividades educativas, páginas especiais para uso da escola etc. O Vogas cuidou da parte de pesquisa e redação do material e eu fiquei responsável pelo projeto gráfico, diagramação do álbum, e pelas ilustrações dos 32 mascotes. 

Exemplos de mascotes atualizados para o meu estilo de ilustração.

Destes 32 mascotes, 21 já estavam definidos em função dos álbuns anteriores, mas tivemos 11 inéditos este ano para pensarmos juntos: África do Sul, China, Filipinas, Haiti, Irlanda, Itália, Jamaica, Noruega, Nova Zelândia, Vietnã e Zâmbia.

Os onze mascotes novos desta edição.

Pra quem não tem o álbum e ficou curioso para ver todas as figurinhas, coloquei todas elas neste carrossel do Instagram e no meu Behance também.

Escola Monteiro (Vitória-ES) adotou o nosso projeto para usar com as turmas do 1º ao 7º ano do Fundamental, então o logotipo dela aparece na capa do álbum, nos envelopes e em todas as figurinhas. Além disso, há um espaço interno para 7 figurinhas especiais, uma de cada turma, desenhadas pelos próprios alunos (eles as apelidaram de "legends" rs).


E não parou por aí!

Nosso projeto, além de ser um sucesso na Escola, está repercutindo na imprensa também! Veículos on-line de notícias como Sim NotíciasFolha VitóriaTribuna Online e A Gazeta Online publicaram matérias sobre o álbum de figurinhas. (Clica nos links para ler na íntegra.)


E assim vamos conquistando nosso espaço! Aproveito para agradecer a todos que ajudaram a divulgar o nosso álbum e a você por ler o post até aqui. 

Que venham mais projetos legais assim pela frente!
Até a próxima! o/

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Veja também:
Cultura FC - mais que um jogo (blog completo sobre cultura do futebol)

sexta-feira, 2 de junho de 2023

Aquarela TGA

Queridos cappucciners, trouxe hoje o kit de aquarelas lançamento da TGA para experimentar e compartilhar minhas impressões com vocês. \o/ 

Nane, quem é TGA?
Você vai encontrar algumas menções à TGA nos meus posts sobre guache. É uma marca brasileira de tinta que descobri numa das minhas andanças em papelaria. O primeiro contato foi com guache de bisnagas, cujo precinho é super acessível, e tem uma qualidade de pigmentos excelente! Desde então passei a usá-la como alternativa para a guache Talens (que custa os zói da cara).

Pois bem, agora a TGA está fabricando aquarelas e lançou em maio um kit com 12 pastilhas, podendo ser estojo em metal ou em papel. Quando aparece material de arte novo no nosso feed do Instagram, uma voz na cabeça grita "já quero!", não é mesmo?


Para minha surpresa, a marca entrou em contato comigo pra falar que gostou muito das minhas artes com a guache dela e disse que me enviaria de presente um kit de aquarela 12 cores + 6 cores extras, que ainda serão lançadas (imagens acima)! ✨😱✨ Gente! Fiquei tão feliz!! 

Bora pro review?

Vou começar descrevendo a embalagem de metal: é um estojinho preto de aproximadamente 12cm x 7cm, que abre igual lata de biscoito. Sabe como? Mas a tampa não é solta não, ela é presa em um dos lados por uma dobradiça, e depois de aberta vira um godê. As tintas são protegidas por outra aba interna de metal, na cor branca. Na parte de baixo do estojo há uma alça de metal que eu imagino servir para pendurar o estojo em algum lugar.

Em seguida, fui pra parte divertida de desembrulhar as pastilhinhas. Gostei que além do nome da cor, a TGA coloca o código do pigmento que foi usado. Passei a achar essa informação extremamente necessária quando comecei a pintar com tinta à óleo, e fiquei feliz quando vi que tinha nas pastilhas da TGA. Nas aquarelas da Winsor&Newton, por exemplo, não há essa informação.


Os rótulos são de papel, mas um deles veio em papel adesivo e quando retirei, a tinta se soltou completamente da panelinha e ficou resíduo de cola no produto. Outra coisa que reparei foi que não havia um padrão de lacre dos rótulos. Alguns eram fechados com fita adesiva (tipo durex), outros com adesivo de papel... Achei os de papel mais práticos de abrir, porque os de fita adesiva eu precisei da ajuda de um estilete/tesoura.


Em relação à apresentação das tintas, também reportei ao fabricante que as consistências e os volumes das tintas do meu kit variavam um pouco. Algumas estavam mais secas, outras porosas, outras mais pastosas... E eu entendo que seja um baita desafio padronizar tudo isso, já que cada pigmento tem sua característica química. Chegar numa fórmula ideal leva tempo. Mas confio que a TGA consiga resolver isso logo logo.


A parte boa é que, mesmo com a diferença nas texturas, o pigmento ativa bem rápido e se solta da pastilha com facilidade! Fiz a cartela de cores para ter ideia de como a tinta se comporta quando diluída. Outra coisa bacana é que no estojo cabe um total de 20 pastilhas! Além das 12 que vieram, consegui armazenar as 6 extras e ainda sobrou espaço pra mais 2.


Dos pigmentos do meu kit de 12 cores, o que senti mais dificuldade para trabalhar foi o Verde de Cromo (PG17), mas recorrendo ao livro Manual do Artista, li que esse pigmento tem poder tintorial baixo. Ou seja, apesar da cor ser linda, ele é um materialzinho difícil mesmo! rs Já para as cores que ainda serão lançadas (sim, spoiler), a cartela ficou assim:


Apaixonada nesse laranja... *suspiro*

Informei todos esses detalhes à TGA antes de escrever esta postagem no blog, pois quero que nossa relação de confiança continue. Afinal, pode ter sido algo isolado do meu kit, e assim como tenho o compromisso de ser honesta com meus leitores (mesmo o Cappuccino tendo pouco alcance), me senti na obrigação de ser honesta em relação à aquarela deles também.

De modo geral, recomendo o produto pra quem procura uma linha um pouco mais profissional e não tem grana pra bancar aquarelas Van Gogh, Pestilento ou Winsor&Newton. As cores são bem bonitas, as pastilhas rendem horroooores, e o kit é mais acessível que as concorrentes da mesma categoria. Já para quem está começando a experimentar aquarela mas ainda tem um pouco de receio, pode procurar pelas linhas escolares: Pentel, Giotto, Molin...

Partiu usar numa ilustração?
Falei, falei, falei... e agora tá na hora de mostrar um pouco de ação por aqui.

Para experimentar tudo daquele jeeeeito que nós gostamos, colocando a mão na massa, desenhei um sapinho de cartola.


Estou nessa onda de desenhar mundinhos em miniatura e lembrei que há personagens sapos na história dA Polegarzinha. Poxa, acho que seria muito divertido ilustrar essa história um dia! É cheia de bichinhos que eu gosto.


Esse foi o resultado do estudo! Acho que usei quase todas as cores. Vocês gostaram?

Tentei deixar a postagem o mais completa possível, mas se ficou alguma dúvida ou se surgiu alguma curiosidade, pode deixar nos comentários que eu volto pra responder.

Gostaria de aproveitar para agradecer a TGA pelo presente e dizer que fiquei muito feliz. Acho que toda blogueira - independente da área de atuação - sonha um dia ter esse tipo de oportunidade, e poder realizar esse sonho no mês de aniversário de 13 anos do Cappuccino foi emocionante!

Até a próxima! o/
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Extra:
As aquarelas da TGA estão sendo vendidas diretamente por eles no Instagram (@tgatintas). Quem precisar de mais informações, pode acessar o site tgatintas.com.br e entrar em contato por lá também.

sábado, 13 de maio de 2023

Ilustração com lápis - Halt e Will

Faaala, desenhista! Tudo joia?

No post anterior eu falei que, na minha opinião, os materiais mais básicos para se começar a desenhar são: lápis, borracha e papel. Lá eu dei dicas de em quais tipos de cada um desses materiais seria interessante investir no começo. Sei que isso pareceu controverso, afinal minhas ilustrações atualmente são feitas com todo tipo de material - aquarela, guache, nanquim, lápis de cor. Mas eu não tinha condiçõe$ de ter tudo isso quando comecei a desenhar, e os meus primeiros trabalhos remunerados da vida, acredite, foram feitos só com lápis (grafite).

Quando a gente tá no período escolar, acaba tendo bastante contato com as ilustrações de livros infantil e infanto-juvenil. Ainda hoje, pela natureza da minha profissão, sou exposta a elas o tempo todo! Lembro que alguns dos livros que li na juventude tinham imagens que pareciam feitas à lápis, como no exemplo abaixo:

Sherlock Holmes: o Cão dos Baskerville - Sir Arthur Conan Doyle
Editora Melhoramentos. Ilustrações: NW Studio.

Curtia demais as ilustrações dos livros! Batia uma vontade de desenhar assim também, sabe? Na verdade, até hoje, lendo algumas histórias, fico empolgada querendo desenhá-las... só me falta tempo rs.

Bom, senti que falhei em não mostrar para você um desenho meu feito só à lápis. Aqui no blog há uma porção de esboços espalhados nas postagens, mas desenho finalizado eu acho que não tem. Daí eu tirei um dia pra me empenhar em resolver isso e provar que dá sim pra gente ter um bom resultado usando apenas lápis e borracha! Vem comigo:

Vídeo do processo de desenho.

Para essa ilustração, escolhi um trecho do livro Rangers - Ordem dos Arqueiros: Ruínas de Gorlan, do autor John Flanagan. É uma aventura épica sobre arqueiros e destinado a um público jovem; o autor escreve de forma simples e o livro é bem gostoso de ler. Não é um livro ilustrado, mas seria bem legal se tivessem ilustrações de abertura de capítulo. Foi nisso que pensei ao escolher o que ia desenhar.

Você viu o resultado no vídeo, mas vou colocar aqui também:

Personagens Halt e Will, desenhados por mim.

Olha... eu adorei ter feito essa ilustração! Espero um dia ter a oportunidade de trabalhar com uma editora num projeto assim. E você, anima fazer o exercício também?

Abraços, e até a próxima! o/

sexta-feira, 21 de abril de 2023

3 materiais básicos de desenho

Olá, pessoal! 
Hoje temos uma folguinha porque é feriado de Tiradentes, que coisa boa! Traz pra cá a sua caneca de café, cappuccino, chocolate... a bebida que for. Neste post vamos conversar sobre quais são os itens mais básicos para se começar a desenhar e, de quebra, quanto eles estão custando atualmente.

A ideia para essa postagem veio ontem em uma papelaria, enquanto comprava suprimentos artísticos pra repor o que foi gasto. Fiquei pensando "quanto eu gastaria se fosse começar a desenhar do zero hoje?", e comecei a anotar os preços dos itens básicos que precisaria comprar.

Mas que itens são esses?
Hmmm... então, gente, é muito provável que essa lista mude de ilustrador para ilustrador. Considerando a minha trajetória de artista, acredito que os "itens básicos" sejam apenas estes 3: lápis, borracha e papel. O que vier além disso, é lucro.


O lápis te dá oportunidade de desenhar sem medo de ser feliz. Se houver algum descuido ou erro, é fácil apagar e refazer quantas vezes precisar. A borracha é sua principal aliada nesse processo. Já falei neste outro post sobre a importância de se usar a borracha, principalmente quando somos iniciantes.


1) Lápis: qual lápis?
Existe uma variedade de tipos e marcas de lápis atualmente no mercado. Os lápis "para escrever" (HB), então, são uma perdição! Tem um mais lindo que o outro e dá vontade de levar um de cada pra começar uma coleção. Mas quando pensamos em ferramentas de desenho, precisamos voltar nossos olhares para os lápis graduados.


Chamamos de "graduação" essa informação que aparece na lateral do lápis, e, resumidamente é o seguinte: quanto maior o valor de B (black), mais grafite na composição, deixando a ponta mais macia e o risco mais escuro; já o H (hard) tem mais argila do que grafite, e a ponta fica mais dura e o risco sai clarinho.

Eu uso os da Faber-Castell, e encontrei um kit com os quatro da imagem acima no valor de R$18,30 - uma média de R$4,50 por lápis. Também é possível achá-los avulsos, na faixa de R$3,65 cada. 

Se optar por comprar avulso, qualquer lápis escolar serve como HB. Se for pra escolher algum da série dos B pra começar a ter contato com as graduações, recomendo o 4B. 


2) Borracha: qual borracha?
Borracha para desenho precisa ser macia. Sabe aquela borracha clássica de duas cores, vermelha e azul? Não gosto muito de usar pra desenhar não, porque danifica um pouco o papel. Mas se é a que você tem em casa, sem problemas, basta ter cuidado.

Caso você ainda não tenha alguma borracha, procure aquelas lisinhas de vinil. O valor delas fica perto de R$4 a unidade. Algumas marcas são mais caras um pouquinho... aí vai do bolso de cada um.



3) Papel: qual papel?
Pra quem está começando, qualquer papel serve! O ano acabou e sobrou folha no caderno? Usa pra desenhar. Pegou panfletinho na rua? Usa o verso pra desenhar.

Na papelaria onde eu estava os cadernos de cartografia e desenho, que tem lá umas 96 folhas, custam entre R$8 ~ R$15 dependendo do modelo, da capa, da marca. Um pacote de Chamequinho com 100 folhas custa uns R$8 e um pacote com 300 folhas de Chamex está na faixa dos R$20. Nessas opções listadas, o tamanho do papel é A4 (21cm x 29,7cm) e a densidade é de 75g/m².


E quanto fica essa brincadeira?
Pelas minhas contas, dá pra ser muito feliz investindo R$20 pra comprar seus materiais básicos. Provavelmente esses valores vão mudar de acordo com o lugar em que você mora (e com data de leitura desta postagem). Uma dica é, sempre que puder, dar uma olhadinha em papelarias de bairro, pois às vezes até rola um descontinho bacana quando o vendedor é o próprio dono da loja.

Se você quiser, compartilhe nos comentários algumas papelarias legais que você frequenta para ajudar os leitores do blog! Vou deixar minha contribuição com algumas opções online:


Até a próxima! o/

sábado, 1 de abril de 2023

Como montei meu portfólio de ilustração infantil

Olá, meus amores que deixam a vida mais colorida!
Como estão? Notaram que o topo do blog mudou?

Gente... do meio ao final de 2022 eu passei pela árdua jornada de criar um portfólio de ilustração. Cedo ou tarde o perrengue precisava acontecer. Vocês sabem que sou designer e trabalho a maior parte do tempo com demandas relacionadas a direção de arte, mas que alimento o sonho de viver exclusivamente de ilustração um dia. 


Ao longo do processo eu tive várias crises de ansiedade - afinal, esse catálogo de ilustração representa um grande sonho e tal -, e até a síndrome do impostor esteve presente, pra variar. Mas graças ao apoio dos meus amigos e às dicas que ilustradores compartilharam na internet, consegui desenrolar. 

O post de hoje vai ser um resumo das coisas que fiz, na ordem que foram feitas, com objetivo de te ajudar, caso esteja passando por essa dificuldade de montar um portfólio também.

Vamos começar?

1) Definir em qual nicho de ilustração você quer atuar + pesquisar o que é relevante mostrar para quem busca esse tipo de trabalho. 

Já começou com um soco no estômago, né? Pois é! Como tenho interesse em várias áreas, vários estilos e várias técnicas, definir um nicho não foi nada fácil.

Optei por ilustração infantil, pois gosto bastante e talvez me permita ter liberdade de estilo dependendo do texto. Feito isso, comecei a pesquisar na internet o que era fundamental conter num portfólio dessa área. A lista de itens é mais ou menos assim: ilustrações coloridas; desenhos de crianças com diversidade de corpos e etnias; temas que se relacionam com o universo da criança (brincadeiras, brinquedos, fantasias, jogos, momentos em família etc); personagens de histórias da literatura infantil etc.

Independente do tema do seu portfólio - se é para trabalhar com HQ, com concept de jogo, estampa de camisa -, vai anotando tudo que você puder lembrar, como se fosse uma lista mesmo. Isso vai ajudar muito nas próximas duas etapas.


2) Curadoria! Olhar para o que você já tem pronto e o que atende aos itens da listinha da etapa anterior.

Essa foi a parte mais complicada pra mim. Quando fui separar minhas ilustrações, notei que apesar de já ter feito muito desenho nessa vida, pouca coisa daria para aproveitar. Ou não se encaixava no tema, ou meu traço já tinha mudado, ou era um estudo pessoal despretensioso... 

Nessas horas é legal contar com amigos de confiança pra ajudar, porque nos apegamos muito aos desenhos que fazemos e queremos aproveitar de tudo quanto é maneira. Só que, galera, não dá! Precisa ter sangue frio e ser racional nesse momento.

Enfim, no fim das contas eu não tinha quase nada! rs


3) Então partiu produzir coisa nova!

Depois de feita a curadoria e separar o que já atende aos itens da lista, é hora de trabalhar com todo carinho nas ilustrações que faltam. Lembre-se que a etapa mais difícil já passou, mas agora vem a etapa mais trabalhosa. Leve o tempo que precisar, não faça nada com pressa.


Desenhei tanta coisa, mas taaaanta coisa...


4) Montar, de fato, o portfólio.

Existem várias plataformas online e gratuitas onde você pode subir seus trabalhos para montar um portfólio digital: Behance, ArtStation, DeviantArt, o próprio Instagram também. Dá pra fazer bom uso delas, ou, se preferir, organizar como se fosse uma apresentação e exportar como PDF; ou até mesmo imprimir.

Eu uso o Behance como plataforma para subir os projetos, e ultimamente tenho tentado deixar o Instagram mais organizado possível, pois sei que muitos clientes olham lá. 


Acabei investindo em algumas cópias impressas do meu portfólio para entregar pessoalmente quando houver oportunidade de ir a um evento ou feira de livros.


5) Tá na hora de mostrar seu trabalho para o mundo!

A última etapa, portanto, é enviar seu portfólio para empresas e editoras que sejam do seu interesse. Faça primeiro uma pesquisa de pra onde enviar, selecione o lugar direitinho, veja se a empresa ou editora trabalha com o que você quer fazer. Eu literalmente fui à uma livraria e passei horas olhando publicações e anotando o que achava interessante.

Nos sites das editoras costuma ter informações de como entrar em contato no caso de você ser ilustrador interessado em trabalhar com eles e tal. Elas pegam o material enviado, montam um banco de dados, e te procuram quando aparece algum texto que encaixa no seu estilo de desenho.

Se for pra entrar numa empresa desenvolvedora de jogos ou produtora de animação, fica de olho na página delas para ver se tem vaga aberta pra ilustrador. No Linkedin, por exemplo, dá pra configurar um alerta de vagas pra receber notificação sempre que a empresa publicar algo. Mas você pode caçar a oportunidade também! Entra em contato, se apresenta, pede o endereço de e-mail pra enviar seu  portfólio. 


EXTRA!
Vou deixar o link de um material feito pelo Rodrigo Cordeiro (ilustrador) que me ajudou muuuuito nesse processo de montar o portfólio. Espero que seja útil e que possa ajudar vocês também.



No canal do Rodrigo , além de vários vídeos sobre a profissão ilustrador, tem essa série especial só sobre portfólio. Recomendo assistir tudo! 

Espero que o post tenha sido útil e te ajude de alguma forma. Fique à vontade para deixar um comentário caso tenha alguma dúvida ou se quiser compartilhar sua experiência para ajudar os visitantes do cappuccino.

Desejo todo sucesso do mundo pra vocês!!!
Até a próxima! o/

terça-feira, 17 de janeiro de 2023

Borboleta Atíria - Wacom One

O ano começou, meus amores! Como vão vocês?

Desde sempre venho compartilhar experiências novas com vocês, materiais de desenho, equipamentos, gambiarras... Amo testar as coisas e escrever aqui sobre elas. Desta vez falarei sobre uma mesa de desenho com tela interativa, modelo Wacom One, que a minha amiga Joyce (ilustradora, game designer, escultora 3D, dona do blog Caixolamodelo, atriz, apresentadora) gentilmente me emprestou.


Esse tipo de mesa de desenho permite desenhar diretamente na tela, que funciona como um segundo monitor para o computador. Dá pra abrir referências ou o briefing da ilustração no monitor principal enquanto desenha nos aplicativos que já estão instalados no computador! Achei muito útil.

Demorei um pouco para me acostumar porque eu trazia alguns vícios de outras ferramentas. No iPad, por exemplo, a tela é interativa também ao toque, e por isso eu tinha os vícios de atalhos dos aplicativos Procreate e Sketchbook pro. E quando preciso fazer uma ilustração no computador, uso uma mesa Bamboo (também da Wacom), que é uma superfície que transfere os movimentos da caneta para a tela do computador, que também pode ser configurada com alguns atalhos de toque. O modelo da Wacom One que a Joy me emprestou não é interativa ao toque, mas tem a vantagem da tela ser independente, e em algumas horas eu fui pegando o jeito da coisa. rs

Minha primeira ilustração na Wacom One
Se você leu a Coleção Vagalume na escola, com certeza já identificou a Borboleta Atíria na imagem acima. Não é a primeira vez que a personagem da Lúcia Machado de Almeida aparece no blog, já fiz um desenho dela antes para testar pincel com reservatório de água.


Pois bem, cá está ela novamente, e na companhia de outros personagens do livro. Escolhi esse tema por dois motivos: 1) por amor, afinal é uma das minhas personagens preferidas da literatura brasileira; 2) porque estou me dedicando às ilustrações infanto-juvenis no trabalho, então seria uma ótima forma de me exercitar. Escolhi uma passagem do livro e mandei ver nos rascunhos.

Sendo bem sincera, rascunhar é minha etapa favorita do desenho! Foi a etapa mais fácil de fazer com a nova mesa também, pois não precisava usar muitos atalhos nem ficar trocando de camada ao longo do processo. Na imagem abaixo estão as duas etapas de rascunho para a ilustração: rascunho "sujo" e "limpo".



O bicho pegou mesmo na hora de colorir e finalizar! Várias vezes toquei na tela fazendo, por vício, os atalhos do Procreate; várias vezes esqueci de trocar a camada pra fazer um detalhe ou outro; e fiquei horas e horas testando brushes e decidindo qual usar e como usar. Mas lembro que com outros materiais foi a mesma coisa... A gente precisa de um tempo para se acostumar e é importante não desistir.

Vou deixar abaixo a imagem da ilustração finalizada acompanhada do trecho do livro que usei de base:


Não parei por aí!
Fiquei muito feliz com o resultado do exercício e senti vontade de fazer ilustrações de outras partes do livro também. Na ocasião das ilustrações, estava atualizando meu Instagram com algumas imagens sequenciais, e acabou servindo de incentivo para que eu seguisse com os demais desenhos:


Vou finalizar a postagem por aqui, pois está ficando muito longa. Se deixar eu fico aqui falando e falando... ou melhor, escrevendo e escrevendo sobre as ilustrações, já que estou empolgada.

Caso tenha ficado com dúvida ou curiosidade sobre alguma parte do processo, pode deixar um comentário que eu venho responder o mais rápido possível! \o/

Desejo um 2023 cheio de arte pra vocês!
Beijos, até a próxima! o/

PS: obrigada pela oportunidade, Joy! <3