domingo, 10 de março de 2024

Pensando na vida

Hoje me peguei novamente pensando na vida e me angustiando horrores, principalmente quando refleti sobre escolha profissional - um gatilho constante, como devem ter percebido.


Trocando mensagens com a Rosali dia desses, falamos sobre como não ter um estilo definido de arte/ilustração nos "atrapalhava" no mercado editorial (não só brasileiro), por deixar as editoras confusas sobre o que esperar da entrega do nosso trabalho. Bom, isso é uma extrema desvantagem pra mim, pois gosto de experimentar coisas diferentes e acabo transitando muito nos estilos e nos materiais. E sei que essa também é a realidade de vários outros artistas maravilhosos!

No final de 2022 me planejei para tentar entrar no mercado editorial infantil em 2023. Peguei orientação com ilustradores experientes, montei um portfólio direcionado a esse mercado e prospectei para várias editoras. Inclusive entregando a versão impressa aos editores quando havia oportunidade de encontrá-los pessoalmente. Enfim, tive várias respostas elogiando e agradecendo o envio do material, e isso me deixou muito feliz, mas nenhuma delas fechou trabalho comigo até agora.

Enquanto isso, continuei trabalhando com o que já estava habituada a fazer: freelance de direção de arte; encomendas de ilustrações personalizadas; venda de prints; projetos em parceria; etc. Atividades essas que, além de sempre terem demanda, me permitem ter uma liberdade de passear por estilos de ilustrações e técnicas diferentes. Foi aí que veio o estalo nas divagações de hoje: mas por que mudar, então?




Percebi que, apesar de desejar ver livros com ilustrações minhas sendo publicados um dia, as encomendas pessoais que atendo também me deixam muito muito muito feliz! Cada cliente traz um desafio ou história diferente para ser contada por meio das ilustrações, e poder personalizar isso da forma que mais se adequa a essas histórias deixa tudo ainda mais especial. 

Não estar conseguido fechar trabalho com editoras estava me deixando tão frustrada e abalando tanto o meu moral, que eu esqueci de apreciar o quanto as outras coisas me faziam bem.

Sei que, apesar de estar caminhando para isso, ainda vou levar algum tempo para amadurecer e definir um estilo único de ilustração; e que talvez o caminho mais curto para publicar livros ilustrados seja fazendo isso de forma autoral, com investimento próprio ou por financiamento coletivo, ou por editais...

Enfim, se por acaso você também se encontra angustiado/a com uma situação parecida, saiba que não está sozinho/a. Ser artista generalista não é um problema e somos capazes de fazer coisas incríveis!

Grande abraço e até a próxima! o/

2 comentários:

  1. É isso aí Nanechan, lindo texto. Não desista nunca. O seu sucesso está logo aí, na sua frente. Ganbarē!

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