terça-feira, 30 de março de 2021

Mulher Maravilha - Técnica mista

Olá, olá!
Na semana passada falei sobre borrachas aqui no blog, e usei um rascunho que fiz da Mulher Maravilha para exemplificar os pontos do post. Esse desenho, depois de finalizado, teve uma boa repercussão no Instagram e decidi trazer hoje o processo de colorização dele pra vocês.



 Esboço e limpeza do rascunho

Não me lembro de ter feito uma Mulher Maravilha alguma vez. Fiquei com vontade depois de assistir ao filme Liga da Justiça, do Zack Snyder. Para o desenho, busquei fotos de referência na internet. 

Depois do rascunho pronto, usei uma borracha limpa-tipos para suavizar as linhas. Para quem não conhece, essa borracha lembra muito uma massinha de modelar cinza. Ela é elástica, pode ser moldada do jeito que precisar, não desgasta, e absorve a sujeira da superfície sem deixar resíduos. Essa massinha era usada antigamente para fazer a limpeza de tipos móveis de composição, daí o nome "limpa tipos".


A intenção era deixar o rascunho com linhas beeeeem fracas, porque à princípio eu queria trabalhar somente com aquarela.

Colorização

Meu sketchbook não aguenta muito bem as técnicas aguadas, e descobri da pior forma: passando a primeira pincelada de tinta no papel. O papel absorve líquido muito rápido e resseca fácil. Mesmo assim, insisti e fiz a cor base toda em aquarela.


Com o preenchimento das áreas principais feito, esperei o papel secar completamente e trabalhei com lápis de cor super macios por cima. O bom desse tipo de lápis é que soltam bastante pigmento no papel, mesmo pintando de leve. Já fiz um post sobre os lápis de cor que uso, vale a pena dar uma olhadinha.


Todas as texturas e balanço de sombra foram feitos em lápis de cor. Apaguei as poucas linhas de grafite que sobraram pra deixar o desenho "saltar do papel" com a variação de peso das cores. Puxei efeito de luz usando lápis de cor amarelo (que seria o reflexo do Laço da Verdade), caneta gel branca para picos de luz, e tinta guache dourada pra dar um tchanãnã.


Como pode ser visto nos detalhes acima, as texturas de aquarela, lápis e guache no papel casaram muito bem. Foi um estudo bem legal de fazer, embora eu quase tenha desistido quando vi que o papel não aceitava bem as aguadas.

Por fim...

Fiquei feliz por não ter desistido do estudo. Nem sempre as coisas acontecem como imaginamos, mas com um pouco de insistência (e paciência) podemos conseguir algo surpreendente.

Alguma vez você já sentiu vontade de largar um desenho pela metade, mas foi até o fim? Compartilha a experiência com a gente nos comentários. 

Até a próxima! o/

2 comentários:

  1. O resultado ficou lindo, e como sempre é ótimo ver o passo a passo do seu processo e as técnicas explicadas! Só acho que você deveria fazer mais artes usando essa mesclagem de técnicas hein.

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    1. Obrigada, Heitor!
      Essas postagens mostrando passo a passo de algum processo criativo são as que eu mais gosto de fazer. Fico feliz que goste desse tipo de conteúdo, pois me motiva produzir mais.

      Pode deixar que a produção vai continuar!
      Abração.

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